Campanha promovida pelo Sinpoljuspi colheu mais de 300 assinaturas só no último sábado.
O Sindicato dos Policiais Civis, Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça do Estado do Piauí – Sinpoljuspi – iniciou no último sábado (18), durante o 7º Seminário Popular do Piauí, a campanha pela fusão das Secretarias de Justiça e Segurança Pública. O sindicato diz que a fusão vai melhorar a administração do sistema penitenciário do Piauí, considerada péssima pelo Sinpoljuspi.
A campanha começou através de um abaixo-assinado que foi entregue aos policiais civis e agentes penitenciários presentes no seminário. Somente ontem, mais de 300 assinaturas foram recolhidas a favor da fusão. O sindicato vai percorrer todos os locais de trabalho dos servidores das duas secretarias solicitando a fusão, além de permitir também que a sociedade participe do abaixo-assinado. Depois, o documento será entregue ao governador Wellington Dias.
Segundo o sindicato, a fusão vai ajudar a reduzir o número de funcionários denunciados como irregulares. O Sinpoljuspi contabiliza mais de 300 cargos comissionados na Secretaria de Justiça, incluindo pessoas que não estariam comparecendo ao trabalho e receberiam seu salário mesmo assim. Além disso, haverá economia com o pagamento de um só secretário.
?A Secretaria de Justiça está sendo usada de forma politiqueira, enquanto o sistema penitenciário do Piauí está um caos. As condições de trabalho do pessoal penitenciário, assim como dos dentistas e assistentes sociais que trabalham nos presídios, são aviltantes?, afirma Jacinto Teles, presidente do sindicato.
O Sinpoljuspi lembra que a Secretaria de Justiça perdeu 2/3 de sua função nos últimos anos, como a assistência judiciária gratuita (que hoje é papel da Defensoria Pública), a defesa dos Direitos Humanos (que virou uma coordenadoria, ligada à Secretaria de Assistência Social e Cidadania). Hoje, cuida apenas do sistema penitenciário, mas de forma muito ruim, na avaliação do sindicato.
A Secretaria de Justiça se desmembrou da Secretaria de Segurança Pública do Estado em 1983. Mesmo com a perda dessas funções, o número de DAS (gratificações pagas a cargos em comissão) aumentou assustadoramente nesse período, de acordo com levantamento dos sindicalistas.
Fonte: Cidadeverde.com
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