Inicio Geral Aberto inquérito para responsabilizar agentes penitenciários de SC em greve

Aberto inquérito para responsabilizar agentes penitenciários de SC em greve

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Além da multa diária de R$ 100 mil ao sindicato da categoria, os agentes penitenciários poderão ser responsabilizados pelos crimes de desobediência à ordem judicial e prevaricação em razão da greve que já dura duas semanas.

 

A Polícia Civil instaurou, ainda na sexta-feira passada na 3ª Delegacia de Polícia, um inquérito para apurar a conduta dos agentes que deixaram ao longo dos últimos dias de receber presos encaminhados pela polícia à Central de Triagem, o Cadeião do Estreito, e à Penitenciária de Florianópolis, na Agronômica.

 

Responsável pela apuração, o delegado Pedro Fernandes ouviu o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, e busca agora identificar os agentes que recusaram o recebimento de detentos. A polícia também pretende identificar os servidores que não encaminharam à audiência judicial os presos requisitados pela Justiça.

 

— Oficiamos os órgãos, o diretor do fórum e buscamos identificar os locais em que houve essas situações. Depois vamos ouvir os agentes — diz o delegado.

 

A investigação é mais um capítulo da greve marcada por impasse entre o sindicato da categoria e o governo do Estado. Na tarde de terça, após assembleia, os agentes decidiram continuar a paralisação. No dia 7, um novo encontro definirá o rumo do movimento.

 

— O governo não apresentou nenhuma proposta até agora. Como tu negocia sem apresentar proposta? A categoria está disposta a ir até o final — diz Wolney Chucre, secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de SC (Sintespe).

 

Os agentes pedem um novo plano de cargos e salários, aumento do efetivo, entre outros itens. O governo informou nesta terça pela assessoria de imprensa que não irá mais se manifestar sobre a greve, pois já houve acordo financeiro no ano passado com a categoria que está sendo pago. São quatro etapas de um adicional, escalonado até 2015, que representa 100% de aumento sobre o valor base fixado para o nível inicial da carreira.

 

Em reunião no Tribunal de Justiça, o Deap alertou para risco de crise e rebeliões nos presídios. O quadro de tensão levou o governo definir um plano de ação que prevê o envio da Polícia Militar para assumir as cadeias caso os agentes deixem de guarnecê-las.

 

Fonte: Diário Catarinense

 

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