Ação integrada entre governos federal e de SP pretende conter onda de violência no Estado

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Com o objetivo de combater a onda de violência que aterroriza a Segurança Pública no Estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciaram na tarde de ontem, (terça-feira, 6), um pacote de medidas e ações visando combater a onda de violência que se instalou no Estado.

 

A reunião entre o governador e o ministro ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, que é a sede do governo de São Paulo.

 

O principal destaque da parceria entre os governos Federal e de São Paulo foi a criação de uma agência que integrará as inteligências federal e estadual. A agência deverá ser coordenada pelo superintendente da Polícia Federal no Estado de São Paulo, Roberto Troncon Filho.

 

Foto: Guilherme Uchoa/Sec. Seg. Púb.

O governador Geraldo Alckmin, o ministro José Eduardo Cardozo e o secretário de segurança publica Antonio Ferreira Pinto estiveram presentes à reunião

 

O primeiro encontro da agência integrada de inteligência será realizado na próxima segunda-feira (12). O grupo será formado por representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional, Ministério da Justiça (Depen/MJ), e Receita Federal, polícias Técnico-Científica, Militar e Civil, além de secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Fazenda, e por fim o Ministério Público Estadual.

 

O acordo também determina outras cinco medidas: ações que envolvem o sistema prisional (transferência de presos), contenção nos acessos ao Estado, combate ao crack, a criação de um centro pericial e a criação de um centro de comando de controle integrado.

 

A respeito de presos com envolvimento na morte de policiais e agentes de segurança penitenciária, que serão transferidos para presídios federais, o governador e o ministro não informaram nem a quantidade, nem os nomes e nem para quais unidades federais serão transferidos (logicamente por questões segurança).

 

Vale destacar que o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública para atuar em São Paulo foi descartado durante a reunião. O motivo seria o fato de que o Estado já tem um contingente de 100 mil homens da Polícia Militar e 30 mil da Polícia Civil.

 

Outra ajuda oferecida pelo governo Federal a São Paulo foi o apoio da Receita Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que estariam atentas às movimentações dos recursos financeiros das organizações criminosas, asfixiando suas fontes. “Os relatórios de inteligência nos permitirão asfixiar o financeiro das organizações criminosas que atuam no Estado. Juntos governos Federal e Estadual são muito mais fortes que o crime organizado”, argumentou o ministro da Justiça.

 

SINDASP-SP: O presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, destacou que alguma coisa precisava ser feito e sugere que as leis sejam alteradas. “Esses crimes deveriam ser enquadrados na lei de terrorismo, pois são atentados contra o próprio Estado. Devem ser considerados crimes hediondos”, disse o presidente, que está em Brasília lutando pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 87/2011, que permite aos agentes penitenciários, integrantes de escolta de presos e guardas portuários, a portarem arma de fogo fora de serviço.

 

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