Agente flagra um celular a cada 2 dias em cela do CPP

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A cada dois dias, um celular é apreendido em alguma cela do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto. De janeiro a julho foram 61 apreensões, enquanto que, em 12 meses de 2014, apenas 10 telefones foram encontrados nas celas. Com aparelhos de raio X e detectores de metal, o lugar deveria deixar o preso incomunicável, mas ao que parece os condenados conhecem as brechas do sistema de segurança.

 

O governo de São Paulo diz a postura é de tolerância zero com entrada de celular e que todas as unidades prisionais. “Todos os presos que são surpreendidos com drogas ou celulares respondem criminalmente, além de sofrer sanções disciplinares, perdem os benefícios conquistados durante o cumprimento da pena”, informa nota da secretaria.

 

Por lei, o preso flagrado com celular é encaminhado para pavilhão disciplinar, é denunciado ao delegado de plantão e é instaurado inquérito. Mas em geral, a investigação empaca porque os detentos protegem o verdadeiro dono, afirma João Batista, diretor regional do Sindicato dos Agentes Penitenciários.

 

“O maior problema é que há muitos presos com permissão para trabalhar fora, entra e sai direto de empresas e funcionários terceirizados, sem que possamos fazer a fiscalização. Temos déficit de 14 homens”, reclama o sindicalista. O dado positivo é que, no quadro geral, despencaram as apreensões dentro dos presídios. Em 2013 foram 373 telefones, e em 2014 caiu para 292, e de janeiro a junho de 2015 despencou para 88. No CDP foram apenas 26 apreensões em de 2013 a 2015.

 

Esquema

O sindicato dos agentes diz que um detento abandonado pela família é obrigado a colocar na sua lista de visita uma mulher sem antecedentes criminais, que aceita levar o aparelho no corpo. “Se são flagradas com celulares o máximo da punição é assinar um termo circustanciado e depois são liberadas”, diz Batista.

 

Outro truque é tentar corromper funcionários concursados, que são presos e exonerados, além de terceirizados, que são detidos e demitidos. A Secretaria da Administração Penitenciária contratou empresa para instalar bloqueadores nos presídios que abrigam presos de alta periculosidade. Inicialmente foram abrangidos 23 presídios, podendo ser expandido para outras unidades prisionais.

 

 

Do Diário da Região (São José do Rio Preto)

 

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