O agente prisional Eneas Suzarte da Silva Neto (54), detalha as agressões sofridas na Cadeia Pública de Poconé, na última terça-feira (15). E também faz uma análise do sucateamento em que se encontra aquela unidade prisional, como falta de equipamentos e de pessoal. Este episódio já foi noticiado em nosso site no último dia 16/09.
Agente Prisional Eneas Suzarte da Silva Neto
?Não desejo para ninguém o que sofri nas mãos daqueles seis delinqüentes. Passei por humilhações de todos os tipos. Não apenas física, como se podem notar os hematomas que ainda tenho por todo o corpo, como também as agressões verbais, visando me abater psicologicamente. São momentos frustrantes como esses, que nos levam à reflexão, se realmente vale à pena continuarmos a dedicar a um trabalho como esse, ou se temos que buscar outras profissões?.
Dessa forma, o agente prisional Eneas Suzarte da Silva Neto, lotado há 9,5 anos na cadeia pública de Poconé (104 km de Cuiabá), centro sul do Estado, de passagem por Cuiabá para tratamento de saúde, devido aos ferimentos decorrentes da citada agressão, desabafou em recente entrevista ao nosso site.
Os agressores
Os presos que cometeram essa covarde agressão contra o agente Eneas, são:
_ Gonçalo Antonio M. de Oliveira
_ Rosivaldo Silva de Jesus
_ Edson Carlos R. de Arruda
_ Rafael Algino da Silva
_ Marcos de Arruda Santana
_ Marcos Benedito das Neves.
Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
Estes presos já foram transferidos para a Penitenciária Central do Estado (PCE), antiga Penitenciária do Pascoal Ramos, em Cuiabá, desde o dia 18/09 (sexta-feira), e
já fazem parte do Regime Disciplinar Diferenciado.
Pedido de licença
Perguntado se vai entrar com pedido de licença médica, para tratamento das seqüelas que ficaram pelo seu corpo, decorrentes das agressões sofridas, o agente Eneas disse que ?vou pedir, sim, uma licença médica para tratamento nas só das seqüelas (hematomas), que ainda estão bastante visíveis pelo meu corpo, mas, também, realizar um tratamento psicológico. Quero todos os exames necessários, tanto físicos, como também psicológico. Porque já sou um homem maduro, afinal, tenho 54 anos?, pontuou o agente Eneas.
Sucateamento
O agente Eneas afirmou incisivamente, que falta praticamente de tudo quanto às condições de trabalho, para o desempenho ideal das diversas funções na cadeia pública de Poconé. ?Não tem veículo, não tem médico, não tem o pessoal necessário para os plantões (tem apenas um agente prisional em determinados plantões). Caso ocorra algum problema nesses horários, causa o maior rebuliço na cadeia, devido a este problema?, enfatizou o agente Eneas.
Fonte: SIAGESPOC/MT
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