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Agentes de Mato Grosso podem entrar em greve

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Agentes do sistema penitenciário de Mato Grosso podem entrar em greve ainda esta semana. A categoria cobra mais celeridade do Governo no lançamento do edital para concurso público, que deveria ocorrer, segundo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen/MT), em dezembro do ano passado. Os servidores que paralisaram as atividades por 48 horas, nos dias 28 e 29 de fevereiro, podem já na quinta-feira, em assembleia geral, decretar greve, caso não haja nenhuma sinalização do Estado.

 

O secretário-geral do Sindspen, Ademir da Mata, confirmou que principalmente a paralisação fez com que alguns avanços surgissem. No entanto, o sindicato ainda precisa de algo concreto. “O edital era para ser lançado em dezembro, o Estado agora sinalizou em junho, precisamos de uma decisão consistente”, diz.

 

Levantamento do Sindspen aponta que pelo menos 800 novos agentes são necessários para suprir a necessidade do sistema prisional, que hoje conta com aproximadamente 10 mil presidiários em 62 unidades penais. Hoje, cerca de 2.500 agentes exercem os trabalhos em todo o Estado. Segundo sindicato, muitas atividades, inclusive estão sendo comprometidas devido à falta de efetivo.

 

A Secretaria de Estado de Gestão, por meio da assessoria de comunicação, disse que o Governo já confirmou concurso para o sistema penitenciário. O Governo garantiu que irá encaminhar ao sindicato a lei para a criação das novas vagas. A previsão, segundo a Secretaria de Gestão, é de que até a primeira quinzena de julho seja lançado.

 

PARALISAÇÃO – Como forma de pressionar o Governo, 70% dos agentes prisionais em todo o Estado paralisaram as atividades por dois dias. A paralisação de alerta prejudicou vários serviços nas unidades penais. Pelo menos duas mil visitas deixaram de ser feitas. Somente na Penitenciária Central, 600 famílias ficaram sem visitar os presidiários nos dias 28 e 29 de fevereiro. Banho de sol, visitas, assistências educacionais; laborativas; religiosas, atendimento de saúde, entre outros, foram suspensos. Mesmo com muitas atividades suspensas, e somente 30% do efetivo trabalhando nos dois dias de paralisação, nenhuma eventualidade ocorreu nas unidades penais, segundo sindicato.

 

“Nós temos emergência na convocação desses novos servidores, a situação é caótica no sistema penitenciário e se nem o edital ainda foi lançado, quando é que poderemos contar com esse reforço?”, argumentou o presidente do sindicato dos agentes penitenciários João Batista Pereira.

 

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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