Agentes penitenciários do Estado de São Paulo ameaçam entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (10).
A paralisação, que incluirá os profissionais da região de Ribeirão Preto, é para tentar conseguir correção salarial e melhores condições de trabalho.
Sindicalistas coordenadores da greve preveem que cerca de 70% dos agentes devam deixar suas atividades, o que resultaria em diversas implicações.
Entre as atividades que deixarão de funcionar estão as visitas semanais, serviços de educação e o recebimento de presos.
Dos três sindicatos responsáveis pelos 30 mil agentes no Estado, um já aderiu à greve. Os outros dois aguardam assembleias na próxima sexta-feira (7).
De acordo com o presidente estadual do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), Daniel Grandolfo, o pedido da categoria ao Estado inclui correção salarial de 20,64%, referente à inflação dos exercícios de 2007 a 2012, 5% de aumento real, correção do auxílio-alimentação, diminuição da população prisional por unidade e melhorias no plano de carreira.
“A redução de classes também é uma das principais reivindicações”, explica. O sindicato pede a redução de oito para seis classes salariais e que fazem parte do plano de carreira.
Sem investimento
De acordo com o advogado e especialista em gestão penitenciária, Daniel Rondi, as reivindicações dos agentes já eram esperadas.
“Infelizmente isso já era esperado, porque o governo não vem investindo como deveria na estrutura do sistema penitenciário”, defende.
Contudo, Rondi ressalta que é preciso continuar oferecendo o atendimento básico para não penalizar a sociedade.
“Acho difícil, por exemplo, eles deixarem de receber novos presos. Qualquer juiz de direito vai considerar isso abusivo porque o sistema não pode entrar em colapso por causa da greve”, disse.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada pelo A Cidade, não retornou até a conclusão desta notícia.
Fonte: A Cidade
