Os dois agentes da Penitenciária Estadual de Piraquara I (PEP I), na Região Metropolitana de Curitiba, mantidos reféns desde às 16h30 de quarta-feira (5) durante um motim de presos, foram liberados na manhã desta quinta-feira (6). Eles ficaram mais de 14 horas sob o domínio dos detentos e não ficaram feridos.
Os presos exigiram transferências para unidades prisionais no interior do estado e foram atendidos. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), dois deles foram levados para Francisco Beltrão, sudoeste do estado e cinco para Londrina, norte do Paraná.
Os agentes foram rendidos durante a tarde após o banho de sol dos detentos. Segundo a Seju, há indícios de erro no procedimento dos funcionários da penitenciária na hora de recolher os presos, e por isso, uma investigação será aberta para verificar se os agentes facilitaram a ação dos presos ou se houve uma falha no treinamento e capacitação dos agentes.
Ainda de acordo com a Seju, apesar de terem a exigência atendida, os detentos serão punidos com agravamento de pena. O Departamento de Execução Penal do Estado do Paraná (Depen) irá informar ao Judiciário sobre o motim, e o juiz irá analisar a questão disciplinar. Os presos chegaram a pedir que o Depen assinasse um compromisso de que não seriam punidos, mas, como isso cabe ao Judiciário, este aspecto não será cumprido.
A PEP I tem 608 presos – contagem feita após a transferência dos sete. Ao todo, 118 agentes penitenciários trabalham no local. A penitenciária tem capacidade de 680 vagas.
Fonte: G1