O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou, na manhã deste sábado (18), que não construirá mais o presídio na Rodovia Américo Emílio Romi (SP-306), entre Limeira (SP), Iracemápolis (SP) e Santa Bárbara d’Oeste (SP). A proposta agora é construir um Centro de Detenção Provisória (CDP). Anunciada em 2012, a cadeia foi alvo de protestos de políticos das três cidades.
Alckmin esteve em Limeira em ato de assinatura de um repasse de R$ 21,5 milhões para a Santa Casa de Misericórdia de Limeira. Aproveitando a presença dos prefeitos Paulo Hadich (PSB), de Limeira; Denis Andia (PV), de Santa Bárbara d’Oeste; e Valmir Gonçalves de Almeida (PT), de Iracemápolis; o tucano disse que “se todos concordam” haveria uma mudança estrutural de presídio para CDP.
Na opinião de Alckmin, o CDP auxiliará os municípios envolvidos, que poderão receber prisioneiros da região que ainda aguardam julgamento. “Os detentos não precisarão mais ser levados a Piracicaba ou a Campinas, isso vai diminiuir os casos de lotação em CDPs”, explicou.
A diferença entre uma penitenciária e um CDP é a permanência dos presos nos locais. No primeiro caso os detentos cumprem pena e vêm de diversas cidades do estado, o que gera uma população formada pelas famílias que acompanham o parente condenado e, segundo quem criticava a obra, aumenta a violência nesses locais. No segundo, eles aguardam julgamento e geralmente são da própria região.
A construção do CDP depende agora de autorização de uso do solo, que precisa ser expedida pelo município de Limeira, onde fica o terreno em que o centro será construído.
Fonte: G1