Colaborou com a reportagem Gian Nascimento
Um agente de segurança penitenciária (ASP) foi agredido por um grupo de detentos na última quarta-feira (1º) na penitenciária de Pacaembu.
O fato aconteceu quando o ASP encaminhava o grupo para o banho de sol, um dos presos o puxou e em seguida grande parte do grupo passou a espanca-lo com chutes e socos. O agente teve vários ferimentos, principalmente na boca.
Nesta quinta-feira, o agente registrou um boletim de ocorrência e passou por exames de corpo de delito. A Polícia Civil deve abrir um inquérito para apurar o caso. Os diretores do Sindasp-SP Gláucio Reinaldo (Primeiro-Secretário), Gilmar Pereira (Sócio-Cultural) e Tony Jefferson (Suplente de Educação) estiveram ontem e hoje no local para acompanhar os fatos, dar apoio ao servidor e cobrar atitude das autoridades.
De acordo com Gláucio Reinaldo, 40 presos foram transferidos para a Penitenciária I de Presidente Venceslau. "Não é mais possível exercer a função de agente e representar o Estado dentro das unidades colocando a própria vida em risco", disse por telefone o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo.
Em janeiro de 2012, Grandolfo esteve reunido em São Paulo com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e com o coordenador da Croeste (Coordenadoria da Região Oeste), Roberto Medina, para discutir os casos de agressões contra agentes que se intensificaram desde 2011.
Na oportunidade, o secretário se comprometeu em tomar as medidas necessárias para por fim a esses ataques e punir os responsáveis, inclusive com remoção para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Gomes destacou que "todos serão punidos exemplarmente".
Também na época, o Sindasp-SP solicitou a criação das Células de Intervenção Rápida (CIR) em todas as unidades prisionais. O secretário disse que todas as unidades deverão colocar em prática o CIR e que vai cobrar as unidades que ainda não têm esse grupo. Gomes disse que os diretores vão ter que criar o CIR (nas unidades que ainda não têm) e que já há uma determinação do secretário, inclusive, para o treinamento dos agentes penitenciários.
“É necessário melhorar a segurança no sistema penitenciário para que os servidores exerçam suas funções em melhores condições de trabalho e garantam a preservação da integridade física e a própria vida. É por isso que somos a favor e conquistamos a automatização das unidades prisionais para a categoria. Estamos lutando intensamente para que todas as unidades sejam automatizadas”, disse Grandolfo.
Luta pela automatização: a aprovação da automatização das unidades prisionais pelo secretário Lourival Gomes foi a resposta à luta do Sindasp-SP, que teve como objetivo garantir a segurança tanto do sistema quanto do exercício diário das funções dos agentes de segurança penitenciária (ASP). O pedido foi feito pelo presidente Daniel Grandolfo, em 11/01/2012, durante uma audiência com o Gomes na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Oficina de produção de peças para automatização das celas – Penitenciária de Presidente Bernardes.
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