Estudos científicos apontam que as pessoas que não fazem atividade física estão mais propensas a desenvolverem problemas de saúde. No entanto, a falta de tempo também pode interferir na prática de exercícios. Pesquisas mostram que ir trabalhar de bicicleta, por exemplo, pode resolver as duas questões de uma única vez.
Pensando nisso, os agentes de segurança penitenciária Anselmo Rodrigues, Sinesio Bianchi e Paulo Henrique Martins, ambos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Capela do Alto, subordinado à Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Central (CRC), mudaram seus hábitos de saúde, aderindo a esse meio de locomoção, diariamente.
Rodrigues conta que a bicicleta entrou em sua rotina por recomendação médica e que isso lhe ajudou fisicamente e emocionalmente. “Eu comecei a pedalar para o trabalho após orientação do meu médico, o que fez com que eu criasse novos vínculos de amizade com grupos de atletas, e assim, surgiram mudanças significativas na minha rotina”, revela.
Os servidores Bianchi e Martins já praticavam outros esportes, mas o ciclismo entrou há pouco tempo na vida deles. Hoje eles incentivam outros colegas de trabalho a andarem de bicicleta no dia a dia.
Martins conta que seus amigos sempre pedem dicas sobre equipamentos esportivos, sobre como começar ou voltar a praticar exercícios. “Eu sempre indico a busca por um bom preparador físico, mas diante do possível, procuro incentivar e dar algumas dicas” relata.
O esporte está na vida de Bianchi há mais de 20 anos. O ciclismo entrou na rotina como complemento da musculação. Porém, além de ir até o trabalho de bicicleta, ele também pratica treinos longos acima de 100km.
Para mobilizar outros servidores das penitenciárias da região, os agentes criaram um grupo de mensagens por aplicativo para trocarem informações sobre suas aventuras, experiências e organizar novos encontros.
É importante ressaltar que as pedaladas até o trabalho começaram por causa da campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio, onde os três entenderam que, além da saúde física, a atividade proporcionava um bem-estar emocional. Por causa dessa iniciativa, outros agentes começaram a praticar corrida de rua, crossfit, natação, judô, jiu-jitsu, muay-thai, entre outros.
Segundo o diretor do CDP, Rosemiro de Jesus Proença, “a prática esportiva entre os servidores está contribuindo também no ambiente de trabalho, gerando cooperação, companheirismo e integração entre os funcionários”.
Fonte: SAP