Assista, em alguns instantes, o vídeo completo da Assembleia Unificada, da passeata e da mannifestação em frente ao Palacio dos Bandeirantes. (Finalizando edição)
Diretores e filiados do Sindasp-SP participaram na tarde de terça-feira (6), em São Paulo, da Assembleia Geral Unificada da Segurança Pública, realizada em conjunto com o sindicato dos investigadores e escrivães de polícia. A reunião ocorreu na Praça Vinícius de Moraes, ao lado do Palácio dos Bandeirantes. Além dos representantes sindicais, também esteve presente o deputado estadual Olímpio Gomes, que tem participado de todas as assembleias e manifestações das categorias.
A assembleia decidiu ainda não entrar em greve geral e ingressar com um pedido no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) para solicitar que seja iniciada a negociação das categorias com o governo. O TJ deverá se manifestar em dez dias e convocar uma reunião com o governo.
A decisão ocorreu pelo fato de que o governo não se manifestou nem apresentou qualquer proposta às categorias desde o dia 4 de julho, quando teve início assembleia unificada e foi entregue a pauta das categorias da segurança pública ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Mesmo antes da assembleia, o Sindasp-SP já havia entrado com o pedido de consulta ao Tribunal no sentido de um posicionamento sobre possíveis setores essenciais e que não poderiam paralisar as atividades. A consulta se deve ao fato de que, em 2010, durante a paralisação progressiva, o TJ concedeu liminar à Fazenda do Estado determinando que o sindicato se abstivesse de promover a paralisação total ou parcial das atividades. Na época, o não cumprimento da sentença acarretaria multa diária de R$100 mil à instituição.
Após a decisão de ingressar com o pedido no TJ, cerca de 400 agentes penitenciários, investigadores e escrivães de polícia saíram em passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. A avenida Morumbi foi interditada e o trânsito desviado pela Polícia Militar.
De acordo com o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, os agentes de segurança penitenciária pedem reajuste salarial de 20%, a retirada do teto para o recebimento do auxílio-alimentação, a aposentadoria especial aos 25 anos de serviço e a diminuição do número de classes da categoria, passando de 8 para 6. Já os investigadores e escrivães querem a equiparação salarial com a carreira jurídica, entre outros.
Os dirigentes sindicais vão aguardar a manifestação do TJSP para que seja aberta a negociação com o governo.