Carlos Vitolo
Assessor de imprensa do Sindasp-SP
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(confira os vídeos no final)
A categoria esteve reunida na noite de quinta-feira (1º) para a realização de mais uma Assembleia Geral. A reunião ocorreu na sede estadual do Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) em Presidente Prudente.
Vale lembrar que a realização da Assembleia foi decisão tomada em 21 de julho, pela própria Assembleia, que na oportunidade deliberou que somente se manifestaria após a apresentação oficial de um projeto do governo, com protocolo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Naquela reunião, ficou decidido que uma nova convocação seria feita para o 5º dia útil após o anúncio do governo.
O objetivo da reunião de ontem (quinta-feira 1º), foi avaliar, discutir e buscar melhorias para a categoria, tendo em vista a análise do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 50 de 2011, publicado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no Diário Oficial e na Alesp em 24 de agosto.
Transmitida ao vivo pelo site da instituição, a Assembleia teve início às 20h, em segunda chamada, e foi aberta pelo presidente do Sindasp-SP, Cícero ?Sarnei? dos Santos, que agradeceu a presença de todos e destacou a falta de participação da categoria em face a uma decisão de grande importância e que afeta diretamente a vida de todos, que é o reajuste salarial.
Após sua exposição o presidente passou a palavra para o diretor de Comunicação (e presidente eleito a partir de 1º de outubro) Daniel Grandolfo, que destacou o encaminhamento de duas emendas enviadas pelo Sindasp-SP à Alesp: a primeira trata da incorporação integral do Adicional de Local de Exercício (ALE) ao salário-base, visando o fim da política de gratificação e a segunda destaca a fixação da data-base em 1º de março, conforme determina a lei.
Apesar do envio das emendas, ao que tudo indica, o governo não parece nenhum pouco interessado em atender as reivindicações da categoria, já que desconsiderou completamente a pauta única de reivindicação salarial. ‘Para ser bem sincero, não há negociação com o governo do PSDB, somente imposição. Eles chamam o sindicato, ouvem as propostas, mas na verdade fazem somente o que querem. Do que pedimos na pauta unificada absolutamente nada foi concedido pelo governo’, desabafou Grandolfo.
Após a exposição do diretor, a palavra foi aberta aos presentes e aos internautas, para que fossem sugeridas propostas dos rumos e decisões a serem tomadas pela categoria em face ao PLC nº 50/2011 do governador.
Duas propostas foram apresentadas: o agente de segurança penitenciária (ASP) Andrey Rodrigues da Silva propôs que um documento fosse criado um documento oficial registrando a insatisfação da categoria diante do ‘reajuste’. O documento deverá ser enviado para todos os servidores, unidades, diretores, coordenadores, aos secretários de Estado da Administração Penitenciária, Gestão Pública e ao governador. A outra proposta foi apresentada pelo ASP José Cícero de Sousa e destaca que a desconsideração do governo para com a categoria deve ser manifestada em toda a imprensa, mostrando que a categoria repudia o reajuste e está insatisfeita com o governo.
As duas propostas foram colocadas em votação diante da Assembleia, votadas e aprovadas por unanimidade. Os documentos serão enviados e protocolados nos próximos dias.
[size=medium]Decisão radical:[/size] devido à falta de participação da categoria em uma Assembleia de tão relevante assunto, os presentes decidiram não tomar nenhuma atitude mais radical de paralisação ou greve, já que a representatividade ficou comprometida. Uma decisão por greve ou paralisação futura dependerá de uma maior conscientização da categoria.
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