Autoridades: integração de segurança e inteligência é maior legado das Olimpíadas

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A 24 dias para o início das Olimpíadas, as autoridades de segurança do maior evento esportivo do planeta disseram, nesta terça-feira (12), em debate na Câmara dos Deputados, que a integração entre segurança pública, defesa e inteligência, e entre órgãos brasileiros e estrangeiros, são os maiores legados intangíveis dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que começam em 5 de agosto.

“Para mim, que sou delegado da polícia, o legado imaterial é mais importante, que é o da integração”, afirmou o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues.

Essa é a mesma opinião do chefe da Assessoria Especial de Grandes Eventos, do Ministério da Defesa, general Luiz Felipe Gomes. “Um dos grandes legados desses jogos é a integração, e isso não pode acabar durante os jogos. Essa integração nos coloca em vantagem em relação a outros países.”

 

Mais de 10 mil atletas

Eles participaram de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional sobre a segurança de atletas e delegações estrangeiras que participarão dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

São mais de 10 mil atletas de 206 países, com mais de 2 milhões de turistas presentes e 5 bilhões de espectadores em todo o mundo. Para cuidar do contingente de participantes e espectadores presentes, haverá 85 mil profissionais atuando na segurança.

 

Preparo

Para o general Luiz Felipe Gomes, os grandes eventos ao longo dos últimos anos, como a conferência ambiental Rio+20 (em 2012) e a Copa do Mundo (2014), ajudaram a preparar a segurança para as Olimpíadas.

“Esses jogos são o culminar de todos os outros grandes eventos. Vamos ter cerca de cinco bilhões de pessoas assistindo”, disse.

 

Cooperação policial

Segundo Rodrigues, só o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) terá policiais de 55 países. “Teremos policiais conosco com esse know-how de enfrentamento ao terrorismo. Estamos adotando as melhores práticas globais”, afirmou.

Além do centro de cooperação policial, haverá outro órgão para enfrentamento ao terrorismo em que profissionais de sete países terão troca permanente de informações com a polícia brasileira.

“Os grandes países todos mandarão emissários, eles estarão conosco e já estão trocando informação conosco. Teremos encontros diários e trocaremos informações específicas", disse o oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo da Cunha.

 

Legado material

Todo o investimento feito em segurança pública para as Olimpíadas foi pensado tendo em vista o uso futuro, de acordo com Andrei Rodrigues. Ele citou a compra de 500 equipamentos de raios-x que serão repassados para presídios nos estados.

“Antes de fazer qualquer investimento, temos estudo técnico preliminar, acordo com estado e município e utilização do investimento antes e após os jogos”, disse Rodrigues.

 

Tranquilidade

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) disse que a apresentação sobre as ações de segurança deram tranquilidade sobre o evento. “Mesmo com algumas obras não entregues, o que ouvi hoje nos dá a tranquilidade necessária para que qualquer turista viva a melhor competição possível.”

 

Terrorismo

O presidente da comissão e autor do requerimento da audiência, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), questionou sobre o risco de atos terroristas durante os jogos. “Embora não tenha tradição em terrorismo, seremos um prato cheio para qualquer ato dessa natureza.”

Todos os palestrantes disseram que, embora exista sempre a possibilidade de atos terroristas, a probabilidade que eles ocorram durante as Olimpíadas é mínima e que o governo está preparado a responder a eventuais problemas.

 

Fonte: Agência Câmara

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Imprensa Sindasp-SP

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