Celas modulares: ao invés de solução significam piora no sistema penitenciário do PR

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A Secretaria de Segurança Pública do Paraná e do Departamento Penitenciário (DEPEN-PR) anunciaram nesta quinta-feira (16/11) que o governo vai instalar celas modulares, os chamados “shelters” em Curitiba, Piraquara, Guarapuava, Maringá, Londrina e Cornélio Procópio como alternativa para a criação de vagas no sistema penitenciário.

O que o governo aponta como solução é, na verdade, um clássico exemplo da precarização que vive o sistema carcerário no Paraná. Além de desumano para os presos, as celas modulares aumentam a insegurança nas unidades, elevando ainda mais os riscos a que estão submetidos os agentes penitenciários.

 

CCP é exemplo de precarização 

A Casa de Custódia de Piraquara (CCP) tem 79 shelters, com capacidade para 12 presos em cada, mas abrigando 14 por cela. Nos novos shelters será respeitada a capacidade do espaço?

A mesma pergunta deve ser feita com a questão de infraestrutura. As mesmas três caixas d’água que abasteciam os 200 presos antes das celas modulares na CCP continuam sendo usadas para abastecer os 1.100 presos dos shelters.

“Vemos com muita preocupação o anúncio feito pelo governo porque nós, que estamos no fundo das unidades e conhecemos a rotina de uma penitenciária, sabemos que as celas modulares não significam melhoria para o sistema penitenciário e sim, uma confissão de culpa de que o sistema é totalmente precarizado e que o governo não tem um projeto para recuperá-lo”, critica a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Petruska Sviercoski. 

O SINDARSPEN também repudia qualquer projeto de privatização no sistema penitenciário. A custódia de presos é uma competência do Estado que deve ser exercida por servidores públicos treinados para este fim.


Fonte: Sindarspen (Paraná)

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