Chefe da Casa Civil admite que há recursos para investir no sistema penitenciário

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A diretoria do SINDARSPEN esteve reunida na tarde desta quinta-feira (22/06) no Palácio Iguaçu com o chefe da Casa Civil do Estado, Valdir Rossoni, para tratar das pautas dos agentes penitenciários. 

O pagamento retroativo das promoções e progressões, a contratação de aprovados em concurso e a necessidade de investimentos na segurança das unidades penais foram alguns dos temas tratados.

Valdir Rossoni tem afirmado em suas redes sociais que o governo do Estado já dispõe de orçamento para honrar o pagamento das progressões atrasadas de todos os servidores do estado. A preocupação do SINDARSPEN é garantir que os agentes não fiquem de fora de tal pagamento. Na semana passada, o Sindicato também oficiou a SEAP fazendo o questionamento.

Sobre o aumento do efetivo, o SINDASPEN fez um retrospecto da luta que vem travando em várias esferas do governo para tentar garantir a convocação de 576 dos 1.200 aprovados no concurso que vence no próximo dia 05/07. Rossoni disse que a questão é tema de conversa que ele terá com o governador Beto Richa nos próximos dias para tentar que, pelo menos, os 45 já aptos para nomeação sejam garantidos. “O Comitê de Política Salarial está negando toda e qualquer contratação. Mas esse é um caso especial e eu vou falar diretamente com o governador sobre a questão”, comprometeu-se. 

 

Estado tem orçamento para invertir no sistema
 

Valdir Rossoni ratificou o que a equipe da SEFA tem falado ao SINDARSPEN nas reuniões quem vem sendo realizadas entre as partes: não há recursos para pessoal, mas há recursos para investimentos no sistema penitenciário. O que faltam são projetos.

Segundo o chefe da Casa Civil, o governo tem 300 milhões de reais para investir no sistema, além de mais 65 milhões de dólares em recursos internacionais para a área. 

A falta de investimentos em automatização e na infraestrutura nas unidades é um dos problemas enfrentados pelos agentes, que precisam expor as suas vidas cotidianamente no contato direto com a massa carcerária porque não há um sistema moderno de funcionamento dos presídios. 

“Faltam equipamentos básicos como body scan e bloqueadores de celular e de drones. Sem esses equipamentos, o crime organizado segue mandando executar agentes e ordenando outras ações criminosas de dentro das cadeias”, expôs o diretor Jurídico do Sindicato, Ricardo Carvalho. Há 10 dias, mais um agente foi vítima de atentado na cidade de Toledo e segue internado em estado grave. 

Há exatamente um ano o SINDARSPEN vem tentando – sem êxito – se reunir com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, para tratar da questão. Rossoni pediu que o Sindicato use seu nome para marcar essa reunião com o titular da SESP.

Hoje mesmo o SINDARSPEN fez um novo protocolo pedindo a reunião com o secretário. “O secretário precisa ouvir o que vocês têm a dizer. Tudo isso que vocês me trazem é muito preocupante”, declarou. 

Também participaram da reunião os dirigentes sindicais Paulo Córdova e Luiz Carlos Lima. 


Fonte: Sindarspen

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