Complexo penitenciário de Recife deverá receber proposta de ordenamento urbano

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Dentro de uma semana, o governo do Estado e a Prefeitura do Recife deverão apresentar uma proposta de ordenamento urbano para o entorno do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste da capital. O objetivo é evitar o acesso às muralhas das unidades, para que não sejam arremessados drogas, armas e celulares para a parte interna, e, principalmente, para não permitir fugas em massa como a do último sábado, quando um muro foi explodido. Para isso, fatalmente ocorrerão desapropriações em imóveis construídos muito próximos ao complexo.

 

Na manhã de ontem, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, e o secretário municipal de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, fizeram uma vistoria pelo local para identificar os pontos mais vulneráveis. Como tinha antecipado o JC na edição de ontem, as Ruas Santana de Ipanema, São João da Lagoa e Maria de Lurdes da Silva (esta última, onde aconteceu a explosão), serão os principais alvos das intervenções.

 

A situação mais complicada é a da Rua Santana de Ipanema. Em todos os 367 metros de extensão da via, a distância máxima das casas para o presídio é de cinco metros. Em alguns trechos, fica reduzida a 1,5 metro. Carros não podem circular pelo local. “É preciso possibilitar o acesso de carros de bombeiros, polícia e ambulância no local”, diz Braga, num aceno de que boa parte das 30 casas da rua deverão ser removidas.

 

Segundo o secretário municipal, a extrema proximidade entre os imóveis e o presídio “impede um plano de segurança moderno e eficaz”. Não é possível, por exemplo, colocar o alambrado externo de proteção a três metros do muro, como acontece na Rua Orfeu do Carnaval, onde fica a entrada do Presídio Frei Damião de Bozzano. Com isso, o caminho fica livre para ações como a do sábado passado.

 

O governo também pretende fechar, com placas de aço, alguns espaços que ficam entre a passarela dos agentes penitenciários e o muro. As fendas têm cerca de 60 centímetros, por onde pode passar um homem com compleição física mediana.

 

“O que vivemos aqui é uma situação limite. Não há como garantir segurança para a população do entorno, por isso vamos iniciar esse ordenamento”, afirmou Pedro Eurico. A expectativa é de que as obras no entorno do Complexo do Curado durem em torno de seis meses.

 

Fonte: JC Online

 

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