Delegados encaminham ao governo proposta de reajuste de 30 por cento
A Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Maranhão encaminhou, ontem à tarde, ao Palácio dos Leões e ao secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, uma nova proposta salarial para a inclusão da categoria no ?Plano de Valorização do Servidor Público?, lançado pela governadora Roseana Sarney, no dia 17 de julho. Segundo os delegados, que agora pedem 30% de reajuste (sete a menos que na primeira solicitação), o objetivo é retomar as negociações com o governo, que se posicionou em não dar mais que 12% na folha.
?O estado está sendo prejudicado com essa falta de diálogo. O que a categoria está pedindo não é nada além do que alguns colegas da Defensoria Pública recebem em seus vencimentos, no caso 38%. A prova de que estamos preocupados com a população é que hoje (ontem) resolvemos diminuir o percentual da proposta, desde que, em um futuro bem próximo, a classe seja, de fato, inclusa nesse plano de valorização?, ressaltou o presidente da Adepol-MA, o delegado Marcos Affonso Júnior.
A nova proposta dos delegados da Polícia Civil foi decidida em assembléia, com a participação de aproximadamente 150 associados, entre delegados e policiais. A reunião aconteceu na própria sede da Adepol, localizada na Rua da Palma. Além do impasse das negociações salariais, a categoria também discutiu sobre as ameaças de corte de ponto dos agentes penitenciários que aderiram à greve a partir do dia 1º; e de demissão dos policiais e agentes que estiverem em estado probatório (até três anos), feitas por Cutrim.
Para o delegado Marcos Affonso Júnior, que também se mostrou decepcionado com a idéia do secretário, em cogitar a possibilidade de usar a Polícia Militar para garantir a segurança nas delegacias de polícia. Conforme os delegados, que já paralisaram suas atividades na última terça-feira, se a nova proposta não for discutida, a PC voltará a deflagrar uma nova paralisação de 48h, na próxima semana. As datas estão agendadas para os dias 10 e 11 de setembro.
?Nós vivemos em um país democrático e isso tem que ser respeitado. O secretário Raimundo Cutrim não pode achar que estamos cometendo ilegalidade, e agir como se estivesses na época da chibata. Como profissionais formados em Direito, sabemos que temos todo o direito de exigir a valorização da nossa classe. Acreditamos que esse tipo de declaração não vai dar em nada, pelo contrário, só vai complicar ainda mais as coisas. Entretanto, nós também estamos dispostos a radicalizar, se for preciso. Não queremos continuar com a greve, mas sem negociação, assim faremos?, finalizou o presidente da Adepol-MA.
Fonte: Jornal Pequeno
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