Luís Gama
“Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi, contudo, feito escravo aos 10 anos e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado “o maior abolicionista do Brasil”.[24]
Apesar de considerado um dos expoentes do romantismo,[3] obras como a “Apresentação da Poesia Brasileira”, de Manuel Bandeira, sequer mencionam seu nome.[25] Teve uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de paixão, emotivo e ainda cativante.[26] Neste sentido declara o historiador Boris Fausto que Gama era dono de uma “biografia de novela”.[27]
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro. Pautou sua vida na luta pela abolição da escravidão e pelo fim da monarquia no Brasil, contudo veio a morrer seis anos antes da concretização dessas causas.[28] Em 2018 seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos heróis nacionais depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.[29]”.
SINDASP