Dia internacional das mulheres, Sindasp parabeniza as funcionárias do sistema prisional e as mulheres guerreiras pelo mundo

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O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo/Policia Penal parabeniza todas as Policiais Penais e demais funcionárias da Administração Penitenciária pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Mulher, aquela feita para brilhar, que chora, que sorri e conquistou o seu lugar. Aquela que cuida sem limite, que tem sempre um bom palpite e sabe como encantar. Aquela que às vezes faz drama, que grita, fala, chama e não desiste de lutar. Aquela que é sentimento, que leva alegria ao sofrimento e nunca se cansa de amar. Aquela que é mulher. Simplesmente mulher em primeiro lugar. Feliz Dia Internacional da Mulher!

História

O Dia Internacional da Mulher é celebrado no dia 8 de março. A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos [1] e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras.

As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país. A primeira celebração deu-se a 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes, usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, no final de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutava por igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas, ao movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos.

No início de 1917, na Rússia, ocorreram manifestações de trabalhadoras por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o início da Revolução de 1917. A data da principal manifestação, 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída como Dia Internacional da Mulher pelo movimento internacional socialista.

Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

Uma origem mundial para a data

Sobre a origem de comemoração do Dia Internacional da Mulher não há concordância absoluta diante das múltiplas manifestações de luta de mulheres por todo o mundo. A professora e filósofa socialista estado-unidense Ângela Davis cita um evento ocorrido em 1908 em que “as mulheres socialistas do Lower East Side, em Nova York, organizaram uma manifestação de massa em apoio ao sufrágio igualitário, cujo aniversário [do Dia da Mulher seria] comemorado”. Mas, o objetivo das manifestações ainda eram lutas dispersas por diversos direitos específicos, e no caso apontado, era o direito das mulheres ao voto nos Estados Unidos.

Após isto uma das primeiras celebrações do dia da mulher foi no dia 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória de uma greve, realizada no ano anterior, que mobilizou as operárias na indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de trabalho.

Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhagen, Dinamarca, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada a proposta, apresentada pela socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. No ano seguinte, uma comemoração do Dia Internacional da Mulher foi observada no dia 19 de março na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, onde mais de um milhão de homens e mulheres participaram de manifestações que exigiam os direitos de votar e ser votada, de trabalhar, de receber educação vocacional e, também, o fim da discriminação no trabalho.

Incêndio em nova Nova York 

Em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, ocorreu um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que matou 146 trabalhadores: 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus. A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes judias e italianas, entre 13 e 23 anos. Uma das consequências da tragédia foi o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, conhecido por sua sigla inglesa ILGWU. A acadêmica Eva Blay considera “muito provável que o sacrifício das trabalhadoras da Triangle tenha se incorporado ao imaginário coletivo da luta das mulheres”, mas ressalta que “o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e europeias há algum tempo e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.”

Mas, como explica a historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez González no livro As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres, publicado em 2010 no Brasil pela editora Expressão Popular, a origem da data passa ao mesmo tempo pelos Estados Unidos, mas também pela Rússia soviética. Segundo a autora, que buscou fontes primárias tanto na historiografia americana quanto na espanhola, o incêndio realmente ocorreu e matou 146 mulheres trabalhadoras, mas em 25 de março 1911 e não dois anos antes, menos ainda no dia 8. E mesmo que o ano, 1908, estivesse errado, 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve, uma vez que não causaria grandes prejuízos aos donos da fábrica. Além disso, incêndios desse tipo não eram incomuns à época.

Porém, González defende que o incêndio foi muito significativo para o movimento operário norte-americano e para o feminista, sendo uma das consequências da tragédia o fortalecimento do Sindicato Internacional de Trabalhadores na Confecção de Roupas de Senhoras, International Ladies’ Garment Workers’ Union (ILGWU) Mas, sozinho, ele não explica a determinação de uma data para o Dia Internacional da Mulher.

Em 1955, Liliane Kandel e Françoise Picq escreveram num artigo do jornal L’Humanité que havia surgido o mito de que a data teria como origem a celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do setor têxtil de Nova York, em 1857 — as quais teriam sido duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um incêndio criminoso na fábrica, conforme as diferentes versões do mito. Não há indícios de que isso tenha ocorrido e, segundo as autoras, tais versões parecem ter sido criadas pela Union des Femmes Françaises, que pretendia tornar a comemoração uma espécie de dia das mães, totalmente desprovida de qualquer sentido de luta feminina, tal qual se tornara na URSS e nos países do bloco comunista.

Relação com a revolução russa

Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada na Casa do Povo (Folket Hus), em Copenhagen, Dinamarca, Clara Zetkin propôs a criação de uma jornada anual de protestos em prol dos direitos das mulheres, mas sem fixar uma data específica. A primeira comemoração oficial deu-se em 19 de março de 1911. E em 1915, a ativista Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Cristiana, perto de Oslo, contra a guerra.

Em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário gregoriano), houve uma greve de trabalhadoras russas do setor de tecelagem. Considerada por Trotski como espontânea e não-organizada, ela teria sido o primeiro momento da Revolução de Outubro.

Após 1945

Após 1945, nos países do chamado bloco comunista, a data continuou a ser um feriado comemorado. Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda do Partido Comunista da União Soviética. Também era amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.

Na Tchecoslováquia, por exemplo, a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, “Dia Internacional da Mulher” em checo) era então usado como instrumento de propaganda, visando convencer as mulheres de que o partido realmente levava em consideração as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. Assim, a cada dia 8 de março, as mulheres recebiam uma flor ou um pequeno presente do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no

cinema e na televisão, e o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedônia do Norte, Moldávia e Ucrânia.

No resto do Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960.

Resgate da data 

Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional da Mulher pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas.

Em 2008, a ONU lançou a campanha “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a estimular a igualdade de gênero na comunicação social mundial. Na atualidade, porém, considera-se que a celebração do Dia Internacional da Mulher tem o seu sentido original parcialmente diluído, adquirindo frequentemente um caráter festivo e comercial, como o hábito de empregadores de distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre as suas empregadas, ação esta que não evoca o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917.

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