Diretores decidem apenas apoiar manifestações, já que Sindasp não foi convidado para reuniões com outros sindicatos

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Em reunião das diretorias Executiva e Regionais do Sindasp-SP, os diretores decidiram apoiar as manifestações e ações preparadas pelas outras instituições na luta pelo reajuste salarial e atendimento à pauta de reivindicações 2016 da categoria dos agentes de segurança penitenciária (ASP). A reunião ocorreu no último dia 8, na sede estadual em Presidente Prudente.

De acordo com o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, “o sindicato não vai tomar nenhuma postura de frente, tendo em vista que outras três instituições, Sifuspesp, Sindcop e Sindesp, se reuniram para discutir atos e manifestações, e em nenhum momento chegaram a convidar o Sindasp-SP para participar”, disse.

Ao contrário da atitude das três instituições, que se negaram a convidar o Sindasp-SP para as reuniões de discussão das reivindicações da categoria, quando o Sindasp-SP liderou as greves de 2014 e 2015 fez questão de contar com a presença dos sindicatos. O Sindasp-SP encaminhou ofício convidando as instituições para unificarem a luta e fortalecerem o movimento. Apesar do convite, os sindicatos se negaram a participar.

“Quando iniciamos as greves não tivemos apoio dos outros sindicatos. Em 2014, já quase no final da greve decidiram participar e os recebemos de braços abertos, inclusive, os colocamos na comissão de negociação. Mas como não temos vaidade, mesmo não sendo convidados para as reuniões junto com as instituições que tomaram a frente, o Sindasp-SP vai apoiar as ações em defesa da categoria”, afirmou o presidente Grandolfo.

Em dezembro de 2015, um grupo de agentes penitenciários e agentes de escolta da Capital, pediram uma reunião com representantes sindicais do Sindasp-SP, Sifuspesp, Sindcop e Sindesp para tratar da luta unificada da categoria. A reunião ocorreu em 7/12/2015, na sede do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, na Praça da Sé, e contou com a participação de representantes do Sindasp-SP, Sifuspesp, Sindcop, Sindespe, além de um grupo de servidores, na época denominado “irmandade”. (Leia mais sobre a reunião)

Em uma segunda reunião entre os sindicatos e o grupo de servidores, realizada no mesmo local em 21/1/2016, foi definida a pauta de reivindicações 2016 da categoria, ficando acordado os cinco itens abaixo:

1 – Lei Orgânica;

2 – Aposentadoria especial aos 25 anos de serviço;

3 – Reajuste salarial + perdas salariais;

4 – Auxílio alimentação no holerite (fim do teto);

5 – Fim dos PADs contra os servidores que participaram da greve.

 

O Sindasp-SP se manteve fiel ao que foi decidido na reunião, no entanto, as outras três instituições decidiram se reunir separadamente para elaborar uma nova pauta de reivindicações, deixando o Sindasp-SP de fora e não atendendo ao desejo da categoria, que sempre foi de criar uma pauta única.

Apesar de ter ficado de fora, o Sindasp-SP decidiu protocolar a pauta única, em 10/3/2016, junto ao secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, acrescentando mais outros itens definidos pelas três instituições que se reuniram separadamente. Pauta protocolada na SAP pelo Sindasp-SP em março/2016.

Na pauta protocolada junto a SAP, o Sindasp-SP fez questão de ressaltar que o documento era unificado e que portanto, as negociações deveriam ser discutidas somente em conjunto com todas as instituições sindicais que representam a categoria, e não somente com uma ou outra separadamente.

Recentemente, em seu site, o Sifuspesp destacou que em 30/11 deverá realizar um ato público aprovado em assembleias organizadas pelo Sifuspesp, Sindcop, Sindespe nos meses de setembro e outubro. Aliás, tais assembleias comprovam que os sindicatos não cumpriram o acordo firmado nas duas reuniões realizadas em São Paulo para a elaboração da pauta unificada.

De acordo com o presidente Grandolfo, os sindicatos alegaram que não convidaram o Sindasp-SP para as reuniões da pauta unificada por discordarem de questões relativas ao imposto sindical solicitado pela instituição. “Não é de agora que eles não aceitam elaborar uma pauta unificada com o Sindasp-SP. Desde 2011 temos convidado constantemente as outras instituições para elaborarmos uma só pauta de reivindicações e unificarmos a luta, no entanto, eles sempre se negaram. Entendemos que somente por meio de uma pauta unificada e a participação de todas as instituições, é que fortaleceremos nossa luta e conseguiremos as conquistas esperadas”, disse Grandolfo.

Por fim, o presidente do Sindasp-SP reafirmou que o sindicato não tomará nenhuma postura de frente por não ter sido convidado pelas outras três instituições, mas que apoiará todas as ações e manifestações preparadas para defender a categoria. “Faremos tudo o que for preciso para colaborar e fazer valer os direitos dos agentes penitenciários”, finalizou Grandolfo.

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