O secretário-geral do Sindasp-SP, Cícero Félix, e o diretor social, Gilmar Pereira, estiveram na manhã desta segunda-feira (27) na Penitenciária de Osvaldo Cruz, onde na última sexta-feira (24) houve mais um caso de agressão contra agente de segurança penitenciária (ASP).
O diretores do Sindasp-SP foram recebidos pelo diretor da penitenciária, Jesus Ross Martins, e acompanharam a entrada do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), de Lucélia, na unidade.
O GIR entrou às 7h45 e fez uma varredura somente no raio sete, onde ocorreu a agressão. A operação do GIR terminou às 10h. Com a ação do GIR, mais três detentos foram transferidos. Na sexta-feira (24), já havia ocorrido a transferência de outros 23.
Inicialmente, no dia da agressão, havia uma informação de que o GIR não entraria na unidade, mas, no sábado, a pedido do coordenador das unidades prisionais da Região Oeste, Roberto Medina, ficou decidido que a tropa entraria no raio onde houve a agressão. Após a saída da tropa do GIR, os servidores da unidade continuaram a varredura em todos os outros raios.
Três agressões na semana passada:
Na semana passada três servidores foram agredidos quando exerciam suas funções dentro das unidades prisionais. Na Penitenciária de Osvaldo Cruz, a agressão ao servidor R.B.P. ocorreu entre 7h30 e 8h, quando era realizado o procedimento de revista de segurança conhecido como “bate chão”, em busca de materiais ilícitos e possíveis túneis. Alguns detentos se aproximaram pelas costas e começaram desferir socos e pontapés no servidor. Os sentenciados foram contidos pelos funcionários da unidade. O Diretor Administrativo da Sede Regional de Lucélia, Celso Antoniel, se deslocou imediatamente para a unidade para prestar auxílio ao funcionário.
Na segunda-feira (20), dois servidores também foram agredidos na Penitenciária de Iperó. Emílio Dente e Márcio Borges foram agredidos no momento em que conduziam um detento para uma cela disciplinar. Ao passarem pela gaiola central, o detento se apossou de uma cadeira e começou a desferir golpes contra os dois servidores, que foram atingidos nos braços e cabeça.
Transferência de agressores: Em janeiro de 2012, o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, esteve reunido em São Paulo com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes e com o coordenador Roberto Medina, para discutir os casos de agressões contra os servidores.
Na oportunidade, o secretário se comprometeu em tomar as medidas necessárias para por fim aos casos de agressões e punir os responsáveis, inclusive com remoção para Penitenciária I de Presidente Venceslau ou Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), se for necessário. “Todos serão punidos exemplarmente”, disse Gomes na época. E desde então todos os agressores têm sido transferidos.
Na mesma data, o Sindasp-SP solicitou a criação das Células de Intervenção Rápida (CIR) em todas as unidades prisionais. O secretário disse que todas as unidades devem colocar em prática o CIR e que cobraria as unidades que ainda não tivessem o grupo.