As diretorias Executiva e regionais, além dos delegados sindicais do Sindasp-SP estarão reunidos na próxima quinta-feira (9), na sede estadual em Presidente Prudente, para discutir o andamento das negociações da pauta de reivindicações dos agentes de segurança penitenciária (ASP) e analisar a possibilidade uma possível greve da categoria. A convocação para a reunião foi feita pelo presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo. O resultado da reunião dos diretores e delegados do Sindasp-SP será publicado no site.
De acordo com Grandolfo, até o momento não houve resposta concreta do governo e a categoria precisa começar a se mobilizar para cobrar as reivindicações. O presidente protocolou a pauta 2016 em 30/3 junto ao secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Essa foi a segunda vez que Grandolfo protocolou a pauta 2016 na SAP, já que o primeiro protocolo havia sido feito em 10/3. A conclusão da apuração de um laudo técnico, feito por um perito judicial, contratado pelo Sindasp-SP, apontou que as perdas inflacionárias nos salários dos ASPs, no período de março de 2014 a fevereiro de 2016 foram na ordem de 19, 6077%. O laudo foi anexado na pauta. O laudo “visa demonstrar tecnicamente as perdas reais pela ausência de reajustes salariais compatíveis com a evolução inflacionária do país”, destaca o documento.
Depois da insistência do Sindasp-SP, no último dia 19/5, um grupo de diretores da Executiva do Sindasp-SP foi recebido pelo secretário para tratar da negociação da pauta. De acordo com o presidente do Sindasp-SP, sobre o reajuste salarial, o secretário disse que não é o responsável pela questão financeira e que a arrecadação do Estado tem caído. Disse ainda que, com relação às perdas inflacionárias e reposição salarial, ele não poderia se posicionar, devendo aguardar o posicionamento da equipe financeira do governo.
No entanto, o secretário se comprometeu com os diretores do Sindasp-SP em agendar uma reunião com a Secretaria de Estado da Casa Civil, bem como, com a equipe econômica do governo, com o objetivo de definir a questão da reposição salarial da categoria. Gomes se comprometeu em convocar dois representantes de cada sindicato para a reunião.
Segundo Grandolfo, “já era esperado que não nos fosse concedido nada durante a reunião, por isso, no dia 9 de junho, vamos nos reunir na sede estadual com todos os membros das diretorias Executiva, Regionais, delegados sindicais e representantes de turno de todas as unidades prisionais, para discutir a inércia e o descaso com que mais uma vez estamos sendo tratados e também começar a nos preparar para uma possível greve caso não sejamos atendidos”, disse o presidente.
