Em entrevista à TV Record, presidente do Sindasp fala sobre superlotação e déficit de funcionários nas unidades prisionais da Baixada Santista

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O presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, concedeu entrevista ao programa “Balanço Geral”, da TV Record, na Baixada Santista, e tratou sobre a superlotação das unidades prisionais daquela região e do déficit de funcionários. A superlotação e o déficit de funcionários são problemas que atingem todo o Estado.

“A dificuldade é muito grande de trabalhar em uma unidade superlotada. Até para um serviço básico como a contagem é difícil para o agente penitenciário. Quando você chega em uma cela que tem capacidade para 12 detentos e tem 40, fica muito difícil fazer a contagem”, disse Grandolfo.

De acordo com o presidente do Sindasp-SP, as condições de trabalho são muito ruins para os agentes penitenciários que lidam diariamente com o problema da superlotação. “E é ruim para todos, para os presos, para a sociedade e para o sistema prisional”, disse o presidente.

Para resolver o problema da superlotação nas unidades prisionais, Grandolfo aponta que há apenas uma solução, “a lei precisa ser mudada”, disse o presidente. “50% dos crimes poderiam ser pagos para a sociedade. A pessoa poderia trabalhar em uma praça, ajudar a sociedade de alguma forma, e aí sim, se ela não fizesse, iria para o presídio”, finalizou Grandolfo.

Segundo dados do Ministério da Justiça, em todo o Brasil há 668 mil pessoas presas. Essa quantidade de presos coloca o Brasil em quarto lugar no ranking mundial de população carcerária, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia. Confira abaixo a entrevista com o presidente do Sindasp-SP.

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