Durante um protesto na manhã desta terça-feira (16) ao menos 150 agentes penitenciários fecharam a Rua Isaura Parente, em Rio Branco. De acordo com o presidente da Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen-AC), José Janes, a categoria reivindica um prêmio de valorização chamado de 14º salário que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) em 2015.
O valor do 14º salário é de R$ 1,1 mil, salário base dos agentes, e deveria ser pago em duas vezes. A primeira parcela em janeiro e a segunda em julho deste ano.
Ao G1, o Iapen-AC informou que recebeu uma comissão de servidores nesta terça-feira (16) e programou uma reunião para a sexta-feira (19). Na ocasião, o órgão deve dialogar com o sindicato da categoria para elaborar uma agenda acerca do pleito dos servidores levando em consideração os direitos e deveres dos dois.
Ainda segundo Janes, a categoria adquiriu o benefício após cumprir diversas metas estabelecidas pelo Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) como a redução de gastos na conta de luz e combustível. Os funcionários reivindicam também adicional de nível superior e a progressão de carreira que para alguns agentes está atrasada.
“Esse dinheiro já deveria fazer parte do orçamento do governo, recebemos esse benefício por nossas metas alcançadas. Muitos estão com esse percentual de 20% atrasado. Os trabalhadores se comprometeram, todos possuem dívidas com água, luz, telefone e tudo isso deveria ser pago com esse dinheiro, mas até agora não tivemos nenhuma resposta”, disse.
Um servidor penitenciário de 34 anos, que preferiu não se identificar, destaca que o 14º salário é um prêmio anual de valorização do servidor e que muitos contam com o valor para pagar algumas contas.
“As turmas de concursados de 2007 e 2008 estão com as promoções atrasadas. Outro caso é o problema de progressão de carreira atrasada. Isso tudo causa uma frustração muito grande, pois as nossas responsabilidades financeiras não esperam. Começou o ano letivo dos nossos filhos e precisamos honrar os compromissos, mas ficamos em uma situação vexatória, não temos para onde correr”, finaliza.
Fonte: G1