O Governo do Estado investe R$ 3,5 milhões na locação de dez scanners corporais para reforçar a segurança nos presídios. De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), os dispositivos serão destinados às maiores unidades de Mato Grosso do Sul, dentre as quais o Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, e a Penitenciária Estadual de Dourados, além dos presídios de Corumbá, Ponta Porã, Naviraí e Três Lagoas.
Tais aparelhos possibilitam inspeção mais eficaz e sem constrangimentos para quem passa pela revista e também para quem realiza. Imagens em tempo real mostram se há presença de algum objeto proibido em qualquer parte do corpo da pessoa. Projeto de Lei 7764/2014 prevê o uso de tecnologias para evitar revistas vexatórias. Em unidades de internção de menores, por exemplo, tal procedimento está vetado.
O contrato de locação terá validade de 24 meses, com possibilidade de renovação, e a expectativa é de que os equipamentos cheguem ainda neste semestre. O investimento foi possível por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com recursos do Fundo Penitenciário (Funpen), que disponibilizou duas modalidades: compra e locação. O Estado aderiu a ambas e já recebeu cinco scanners comprados por R$ 1,9 milhão, que são instalados na Capital (Presídio de Trânsito e Gameleira), Coxim, Dois Irmãos do Buriti e Paranaíba, de acordo com projeto apresentado ao Depen.
Há estes outros dez alugados que ainda estão por vir e vem sendo tratada a aquisição de mais 20. Os scanners, tanto os que já chegaram, quanto os que foram encomendados, contam com sistema dual view, ou seja, fazem duas imagens (tipo raio-x), sendo uma de corpo inteiro e outra específica para a área do abdômen, garantindo eficácia à visualização, além de dar mais agilidade aos procedimentos de inspeção. Eles fazem imagens completas do corpo em sete segundos, principalmente na região abdominal e partes íntimas. Os equipamentos já vem programado com as dosagens de radiação, não implicando em riscos à saúde.
Os agentes penitenciários passam por treinamento para utilizarem a tecnologia. Os dados gerados no aparelho podem ser interligados com outros sistemas da Agepen e da segurança pública para compartilhamento de informações. Na sexta-feira passada, a nova tecnologia foi apresentada ao secretário Antônio Carlos Videira, titular da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, ao diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, ao o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Luiz Santiago.
Fonte: Correio do Estado MS