A conduta da ex-diretora do Centro de Ressocialização (CR) “Dr. João Eduardo Franco Perlati“ de Jaú (47 quilômetros de Bauru), Maria de Lourdes Kerche do Amaral, está sendo investigada pelo Ministério Público (MP) por meio de inquérito civil. Em maio, ela foi presa em flagrante pela Polícia Civil por supostamente usar detentos e viaturas da unidade para ajudar em sua mudança de residência.
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Jaú apura se Amaral cometeu ato de improbidade. Ela tem trinta dias para enviar esclarecimentos por escrito ao MP, que também solicitou cópia integral da sindicância administrativa instaurada pelo atual diretor do CR para apurar os fatos.
O MP requisitou ainda realização de diligências junto ao Cartório da 2ª Vara Criminal do município com objetivo de verificar se o inquérito policial aberto para investigar suposto delito de peculato – desvio pela ex-diretora já foi relatado e enviado ao Juízo. O objetivo é anexar cópia dos autos ao inquérito civil.
Segundo divulgado pelo JC, no dia 24 de maio, Amaral foi presa em flagrante pela Polícia Civil após denúncia de que estaria utilizando uma viatura e quatro reeducandos da unidade para fazer mudança particular. Dois agentes penitenciários que acompanhavam os detentos também foram presos.
Na ocasião, o então delegado seccional de Jaú, Carlos Alberto Gomes da Rocha Silva, explicou que os presos, que cumpriam pena no regime semiaberto, não tinham autorização judicial para prestar serviços à diretora. No mesmo dia, Amaral e os dois agentes penitenciários conseguiram alvará de soltura.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que havia acionado a Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário para rigorosa apuração dos fatos. Alguns dias depois, a ex-diretora e os agentes foram afastados de suas funções.
A reportagem não conseguiu localizar a ex-diretora para comentar o assunto.
Fonte: JC Net
