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Força Sindical pede oficialmente suspensão dos PADs contra agentes penitenciários que participaram das greves da categoria

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Diretores da Força Sindical estiveram reunidos ontem (quinta-feira, 23), em São Paulo, com diretores do Sindasp-SP, para juntos tratarem dos Processos Administrativos Disciplinares (PADs), abertos pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) contra os agentes de segurança penitenciária (ASP) que participaram das greves da categoria realizadas em março de 2014 e julho de 2015.

Entre os participantes da reunião estava o presidente nacional da Força Sindical e do partido Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira, o Paulinho da Força, que nas duas greves saiu em defesa dos servidores e manifestou apoio absoluto ao direito de greve. O presidente estadual da Força, Danilo Pereira, também estava presente e da mesma forma manifestou apoio total durante as greves da categoria. Também participaram da reunião os diretores da Força, Sergio Luiz Leite e Lino Rodrigues.

A Força Sindical elaborou um documento oficial pedindo a suspensão (sobrestamento) dos PADs abertos pela SAP contra os agentes penitenciários grevistas. O pedido da Força Sindical é de que os PADs sejam suspensos até que o processo seja transitado em julgado. O documento foi protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), junto ao Vice-presidente do Tribunal, desembargador Ademir de Carvalho Benedito, durante a audiência de conciliação sobre o dissídio da categoria, na última quinta-feira (23). O protocolo também será feito no início da semana junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o deputado delegado Olim. A Força relata que os “PADs são atos anti sindicais, além de violar tratados de Convenções Internacionais sobre Relações do Trabalho”, descreve.

De acordo com o presidente licenciado do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, a Força Sindical está fazendo a solicitação tendo em vista que, por diversas vezes, em audiências e via ofícios, foi feita tal solicitação ao secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e o mesmo tem se negado a suspender os processos administrativos contra os grevistas de 2014 e 2015.

A Força também pede que as perdas inflacionárias sejam repostas aos servidores e no documento destaca o artigo 37 da Constituição, que afirma: “X – a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data; X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices”.

O documento destaca que “O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, NÃO CUMPRE ESTE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL HÁ MAIS DE VINTE ANOS”, descreve.

Conforme Grandolfo, a Força Sindical apresentará denúncia junto a Organização Internacional do Trabalho (OIT), que é a agência das Nações Unidas que tem por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.

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