Governo descumpre acordo e agentes penitenciários podem deflagrar greve

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Pela a terceira vez o Governo do Estado não cumpre o acordo fechado com agentes penitenciários. Na última sexta-feira, a categoria suspendeu a greve, que já durava mais de nove dias, após um acordo firmado com o governo, que consistia no aumento salarial de 33%. De acordo com Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas de Souza, a informação foi passada para a categoria através do secretário de Segurança Pública, Paulo Rubim, de que o governo iria ver a possibilidade junto com a Procuradoria Geral do Estado ? PGE- de conceder apenas os 9.11% do acordo e os outros 24% firmado em pauta, seriam avaliados depois da negociação do estado com a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal).

?O governo pela terceira vez descumpre acordo com a categoria, isso deixa claro a sua falta de comprometimento com o servidor público. É melhor não dar nada do que dar apenas os 9.11%?, pois a inflação já é de 6% e ele quer dar apenas 3% de aumento?, afirmou Jarbas

Os agentes suspenderam a greve e ficaram à espera da assinatura do Termo de Ajuste de Conduta -TAC- entre o governo e o Ministério Público, que até o momento nenhuma reunião foi marcada.

Ainda de acordo com Jarbas, hoje será realizada uma assembléia com a categoria às 14h, no auditório da Sindpol, na rua Cincinato Pinto, para que seja discutida a situação e colocar em votação o indicativo de greve por tempo indeterminado.

?A preocupação da categoria agora é quando vai terminar a greve e com quem a categoria vai negociar agora. A partir de hoje não aceitaremos mais parcelamento?, disparou Jarbas

Na greve serão mantidos os 30% dos serviços exigidos por lei, além da escolta judicial. Será suspensa a visita tanto dos familiares como também dos advogados, banho de sol e todos os presos ficaram soltos nos módulos. ?A greve em si vai consistir no sistema, mas vamos para rua e estamos discutindo a ocupação de prédios públicos?, anunciou o presidente.

A categoria começou ainda uma campanha contra a privatização das duas unidades prisionais que serão construídas, sendo uma para jovens e outra mulheres. De acordo com Jarbas, a verba para a construção é do sistema prisional federal e já se encontra em Alagoas esperando a licitação e início das obras. ?A intenção do estado é privatizá-los, pagando inclusive mais caro por cada preso do que se paga atualmente. Para a categoria isso demonstra a intenção do governo no sistema prisional e justifica a falta de políticas públicas para o sistema?, afirmou.

A previsão, segundo o presidente da categoria, é que essa greve dure mais de 60 dias.
Fonte: www.alemtemporeal.com.br

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