O cenário ainda não é o mesmo de 2006 e 2012, quando conflitos entre a Polícia Militar de São Paulo e integrantes do Primeiro Comando da Capital deixaram centenas de mortos na região metropolitana da capital paulista. Mas o sinal de alerta está aceso.
Em 13 de agosto, uma chacina deixou 18 mortos e seis feridos nas cidades de Osasco e Barueri, em um intervalo de três horas. Um dos sobreviventes, uma adolescente de 15 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta-feira 27.
Uma retaliação comandada por policiais militares pelo assassinato de um cabo da PM e um guarda civil, ambos mortos em assaltos, é a principal hipótese das investigações conduzidas pela Corregedoria da Polícia Militar e por uma força-tarefa criada pelo governador Geraldo Alckmin. Dezenove suspeitos são investigados, entre eles 18 PMs e um segurança particular.
Na sexta 21 e sábado 22, a Corregedoria apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra os suspeitos. O órgão apreendeu objetos que podem esclarecer os crimes, mas a ação ocorreu à revelia de integrantes da força-tarefa de Alckmin. Integrantes do grupo montado pela Secretaria de Segurança Pública criticaram a iniciativa isolada, por ter alertado eventuais suspeitos e possivelmente atrapalhado a apuração.
Na quarta 26, o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo decretou a prisão temporária do soldado Fabrício Emmanuel Eleutério. O governo ainda não apresentou suspeitos.
Um ato na avenida Paulista na sexta-feira pediu a elucidação do crime em Osasco, e estudantes da faculdade de Direito da USP cobraram uma solução do Secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes.
Fonte: Carta Capital