A greve dos agentes penitenciários do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, chega ao terceiro dia. Nesta quinta-feira (12), dia da semana em que as famílias são autorizadas a levar alimentos e artigos de higiene para os detentos, a entrega dos mantimentos não foi permitida.
Os grevistas estão concentrados na entrada do Complexo Prisional. Pela manhã, eles receberam a notificação da decisão judicial que considerou o movimento ilegal. Mesmo assim, a paralisação continua por tempo indeterminado.
Representantes da categoria se reuniram com o secretário de Administração Penitenciária e Justiça, Edemundo Dias de Oliveira Filho, na quarta-feira (11), mas não houve acordo. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus), Edemundo Dias tem procurado as áreas competentes do governo para encaminhar a pauta do movimento.
A paralisação começou na manhã de terça-feira (10). Desde então, presos deixaram de participar de audiências no Fórum de Goiânia por falta de escolta policial. Além disso, detentos que chegam ao complexo prisional são barrados e têm que voltar às delegacias.
Reivindicações
A categoria pede aumento no piso salarial, que atualmente é de R$ 2.500, para R$ 7 mil, além de melhores condições de trabalho. Os grevistas também querem a reestruturação de níveis de classes.
Na terça-feira (10), a Justiça considerou a greve ilegal e determinou a volta imediata. Se a medida for descumprida, a multa será de R$ 10 mil por dia. No entanto, eles só foram notificados da decisão na manhã desta quinta-feira (12).
Essa é a segunda paralisação da categoria em menos de um mês. No último dia 20 de agosto, os agentes cruzaram os braços. Na ocasião, cerca de 60 presos não foram recebidos na CPP. Os grevistas foram recebidos pelo secretário e foi feito um acordo de que a discussão seria retomada para discutir o reajuste.
Fonte: G1