Um jovem de 19 anos foi preso na madrugada de ontem após invadir o Presídio Edgard Magalhães Noronha, o Pemano de Tremembé, com drogas, celulares e acessórios. De acordo com a Polícia Militar, o flagrante ocorreu por volta de 2h45. Os agentes penitenciários viram quando o rapaz pulou o alambrado com uma mochila nas costas.
Após a ação, a unidade prisional acionou a PM, que fechou cerco. Segundo o tenente da PM, Ricardo Prolungati, o jovem tentou fugir ao avistar as viaturas no presídio. “Ele empreendeu fuga, pulando de dentro para o lado de fora e acabou se escondendo em uma mata que fica atrás do presídio. No caminho, abandonou a mochila. Foi feito o cerco no local e obtivemos êxito na prisão”, disse.
Apreensão / Na mochila, os policiais encontraram 3,6 quilos de maconha, 65 celulares, 72 baterias, 16 carregadores e dois fones de ouvido. Morador de Taubaté, o suspeito tem duas passagens por tráfico de drogas e confessou que foi contratado para entregar a droga e os celulares no presídio. “Para quem entregaria o material, quanto recebeu pelos erviço e outras informações deverão ser levantadas pela Polícia Civil. São objetos de investigação”, completou Prolungati.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Taubaté. Após prestar depoimento, o jovem foi encaminhado para a Cadeia Pública de Guaratinguetá.
Tentativas / Com a capacidade para abrigar 1.095 presos, o Pemano tem atualmente uma população carcerária de 2.077 homens. Em menos de três meses, essa foi a terceira tentativa de invasão na unidade. O último caso tinha sido registrado na madrugada do dia 13 de setembro — duas pessoas, sendo um adolescente de 17 anos, foram flagrados por agentes penitenciários no pátio do presídio com 66 celulares, cerca de 200 gramas de maconha e um alicate que foi utilizado para cortar a cerca da penitenciária.
No dia 16 agosto, um homem foi preso tentando entrar com 3,305 quilos de maconha e 87 celulares no Pemano. Outros dois conseguiram fugir quando a viatura chegou.
Avaliação / No início deste ano, os agentes penitenciários cruzaram os braços. Entre os motivos, a falta de segurança. Para o diretor regional do Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) no Vale do Paraíba, Ricardo Alexandre Silva, os casos de invasão no Pemano estão relacionados à vulnerabilidade em que trabalham os agentes.
“A unidade é grande e a guarda não é armada. Já fizemos diversos pedidos para reverter a situação, mas infelizmente esbarra na lei por se tratar de um unidade de regime semi-aberto. A noite, a unidade fica vulnerável”.
Fonte: Gazeta de Taubaté