Líderes de uma facção criminosa foram transferidos na manhã desta quarta-feira (13) para penitenciárias federais. No total, 22 detentos foram transferidos, no entanto, o local específico para onde cada um transferido não foi revelado. Atualmente há cinco presídios federais no país, Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).
De acordo com nota do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a transferência se deu em cumprimento à decisão da Justiça do Estado de São Paulo, depois do pedido do Ministério Público de São Paulo.
"Os presos […] custodiados em São Paulo, estão sendo transferidos com a escolta do Departamento Penitenciário Federal (Depen) e da Polícia Militar de São Paulo para as penitenciárias federais. O isolamento de lideranças é estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento de organizações criminosas", destacou a nota do MJ.
Essa foi a primeira operação realizada com a participação da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) criada na atual estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A operação contou com o trabalho integrado da Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro, Coordenação de Aviação Operacional e Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de ações de inteligência em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A transferência dos líderes da facção vinha sendo discutida desde o final do ano passado, quando setores da inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária e do Ministério Público descobriram um plano para resgatar Marcola. As investigações apontaram a contratação de mercenários equipados com fuzis, lança-granadas e metralhadoras calibre .50.
