Mensagem trazia ordem que proibia uso de droga sintética dentro das cadeias comandadas por facção
Agentes penitenciários descobriram um ‘salve’ do PCC escrito em camiseta de uma visita no presídio Adriano Marrey, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O ‘salve’, como bandidos chamam os recados trocados entre criminosos, comunica uma troca na ‘sintonia da facção’.
Entre outras orientações, o chefão que se identifica apenas como Careli, determina: não será mais admitido o consumo de M4 a partir de 15 de julho. M4 é uma droga sintética, da mesma família das drogas K e produz ação próxima ao efeito zumbi do K9.
Por ser borrifada em papel comum, como sulfite, extrato bancário, ou folha de caderno, entra nas cadeias com mais facilidade, o que causa problemas ao PCC, que proibiu o consumo nas cadeias. Agentes já chegaram a apreender M4 e LSD em potes de margarina, em tênis e até tecido de bermudas de visitas.
O PCC está presente hoje em 100% do sistema penitenciário Paulista. Quem é apontado como inimigo do chamado partido do crime, tem que ficar isolado. As ordens normalmente vão de dentro das cadeias para as ruas, mas é comum que presos das unidades do oeste do estado mandem ordens para outras cadeias.
Com o aumento da fiscalização, comunicação é valiosa aos presos. Em Bauru, os agentes encontraram um mini celular entrando no corpo de um preso do regime semiaberto.
POR LUCAS MARTINS – SINDASP – José Carlos de Oliveira – Kako