O representante da Diretoria de Gestão e Integração de Informações do Ministério da Justiça, Wanderley da Silva Júnior, informou nesta segunda-feira (15), durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, que existe um processo em andamento no ministério para estabelecer um grande banco de informações sobre segurança pública, unificando as informações estaduais.
Ele participou de reunião para discutir as novas tecnologias de reconhecimento facial que estão sendo utilizadas em todo o mundo. Para ele, é preciso analisar qual sistema de identificação facial deve ser adotado pelo governo federal.
“Vamos estudar o que o mercado está oferecendo e oferecer para o Ministério da Justiça uma solução que seja viável para o governo e que traga a melhor aplicação para a segurança pública de um modo geral”, disse.
Financiamento
O conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Arthur Trindade, destacou que o uso de tecnologias é uma grande tendência do policiamento moderno, mas o financiamento escasso para os estados na área de segurança pode inviabilizar o acesso a essas tecnologias.
Além disso, Arthur Trindade alertou para o fato de que só investir em tecnologia não resolve o problema. Segundo ele, antes é preciso implementar políticas públicas para que essas tecnologias sejam utilizadas de forma eficiente.
“Alguns estados adquiriram aquele sistema de videomonitoramento, que se tornou uma dor de cabeça para os gestores. É um grande elefante branco. Em alguns estados o sistema fica sob controle da Polícia Militar, que não compartilha as informações com a Polícia Civil”, disse.
Teste na Câmara
O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) informou que a Comissão de Ciência e Tecnologia já iniciou os testes com sistemas de reconhecimento facial.
“Para o primeiro teste será fixado, por quatro reuniões, um tablet acima da tela de marcação de presença na entrada do plenário, que fará o reconhecimento dos membros da comissão. Desta forma, será possível confrontar o resultado do teste com os das presenças registradas pelo sistema biométrico adotado pela Casa”, explicou.
Bibo Nunes informou que, após análise, e se o sistema se mostrar eficiente, um pedido será encaminhado para a Presidência da Casa para que a tecnologia de reconhecimento facial seja usada para conferir a presença dos parlamentares na Câmara.
Fonte: Agência Câmara