O que pensam os profissionais da segurança pública, no Brasil

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Desde 2003, estamos assistindo a uma verdadeira revolução na gestão das políticas de segurança pública em âmbito nacional. A estruturação do SUSP, a implementação do PRONASCI e a realização da 1ª. Conferência Nacional de Segurança Pública são evidências claras de uma mudança de perspectiva de gestão que quebra com o distanciamento entre quem planeja, quem executa e o público alvo das ações.

O modelo tradicional durante décadas vigente, pautado na separação clara entre formulação e implementação das ações, vem sendo gradualmente substituído nestes últimos anos por uma nova forma de gestão que reforça a necessidade de reunirmos as contribuições de todos os atores envolvidos nas ações de segurança pública, especialmente seu público alvo e os profissionais que as executam. Se, por um lado, este ambiente de cooperação nos trás o conhecimento necessário para aperfeiçoar a gestão técnica das ações, por outro lado, gera o comprometimento de todos os atores para atuar na solução deste problema caracteristicamente social.

A consulta ?O que pensam os profissionais de segurança pública no Brasil? constitui mais um marco histórico que consolida esta transição de perspectivas de gestão. Pela primeira vez na história brasileira, estamos abrindo um espaço exclusivo para os profissionais de segurança pública, livres de condicionantes institucionais, expressarem diretamente suas opiniões sobre fatores cruciais para a elaboração das políticas nacionais de segurança pública. Neste contexto, vale ressaltar o papel importantíssimo cumprido pela Rede Nacional de Educação à Distância em Segurança Pública ao oportunizar a criação deste diálogo direto com os profissionais de todo o Brasil.

A consulta permitiu, de uma forma simples e direta, a participação de um grupo de profissionais que freqüentam o ambiente EAD na busca de aperfeiçoamento e valorização profissional. A coleta de dados seguiu uma metodologia inovadora que, diante da diversidade e tamanho da população observada, torna-se uma referência preciosa no assessoramento e discussão dos problemas enfrentados ?intramuros? pelos profissionais de segurança pública, e como esse fenômeno pode refletir na prestação de serviços à população brasileira.

Os resultados da consulta não levam diretamente a um ponto de chegada, mas remetem a uma discussão sobre alterações estruturantes no modelo institucional atual. A partir da análise da visão do profissional é possível entender as circunstâncias que cercam sua rotina e como o poder público pode atuar como ente de transformação cultural. Também serve para que se torne público o sentimento existente entre os operadores de segurança com relação à percepção das suas
instituições.

Este relatório tráz a opinião de quase 65.000 profissionais ? policiais militares e civis, guardas municipais, bombeiros militares e agentes penitenciários ? sobre qual o modelo ideal de polícia para o Brasil, a hierarquia e a disciplina em seu ambiente de trabalho, a importância do controle externo e accountability, a atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário e as situações de vitimização a que estão cotidianamente submetidos.

Fonte: Ministério da Justiça
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IMPRENSA SINDASP-SP
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