O curso foi realizado na Penitenciária II de Reginópolis no dia 17 de dezembro, das 14h às 18h, por intermédio do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF). O curso teve por objetivo a germinação e produção de mudas nativas, trazendo técnicas importantes voltadas para o plantio e germinação de sementes, bem como o desenvolvimento e “engorda” de mudas nativas. Foram abordados temas, como a composição do substrato, indicando formulações adequadas para a adubação de base para enchimento de tubetes de germinação, além da explanação sobre técnicas de reutilização de substrato, conhecido como “expurgo”, trazendo assim, práticas eficientes de reaproveitamento de insumos de sementes não germinadas.
Após foram tratados assuntos sobre controle fitossanitário, escolha de melhores recipientes, escolha planejada do recurso hídrico, montagem de estaleiros, identificação das espécies e finalizando com o tema mais esperado pelos participantes: os tipos de quebra de dormência, que cada semente exige para a sua germinação. Por fim, foram plantadas 650 sementes, colocando em prática os conteúdos abordados durante o treinamento.
A ideia é multiplicar o aprendizado com os reeducandos, através da construção e do gerenciamento do viveiro florestal, criando postos de trabalho em uma ação sustentável, com capacitação e certificação profissional do reeducando na atividade de viveirista e para produção de mudas nativas, objetivando o reflorestamento de áreas degradadas, através do “Programa Nascentes”.
Serão produzidas na unidade, árvores nativas como aroeira-preta, barbatimão, capitão do campo, faveiro-sucupira, faveiro (falso barbatimão), guatambu do cerrado, ipê felpudo, ipê verde do cerrado, jacarandá do campo, jatobá, mamoninha do mato (canudo de cachimbo), jatobá do cerrado, óleo de copaíba, pau terra do campo, sabão de soldado, tamanqueiro do cerrado.
Segundo Jesus Nilton Sobrinho, diretor da unidade prisional, o curso é uma iniciativa objetivando o a instalação de viveiros para produção de mudas na restauração de florestas nativas e a ressocialização de detentos, através da construção e gerenciamento do viveiro florestal, criando postos de trabalho em uma ação sustentável, com capacitação profissional do reeducando na atividade de viveirista para produção de mudas nativas, contribuindo de maneira eficiente na implantação e aplicação do “Programa Nascentes”.
Já para Alessandro Tonhão Riqueti, Diretor do Centro de Trabalho e Educação, “o papel da unidade prisional através dos funcionários e sentenciados inseridos no programa Nascentes são toda a mão de obra para construção e instalação do viveiro e o plantio das sementes recebidas do governo do estado e cultivo até a idade de plantio a campo, para recomposição das áreas degradadas, conforme reza o decreto de criação do Programa Nascentes, que trata da proteção e restauração das matas ciliares que é um dos maiores programas já lançados pelo Governo e que conta com o apoio de diversas secretarias, entre elas a da Administração Penitenciária, que muito pode contribuir com o sucesso do programa.
“Foi ótimo, pois não possuía conhecimento a respeito de germinação e quebra de dormência, em virtude de sempre trabalharmos com a rustificação (engorda) das mudas. A didática e a parte prática foram fundamentais para minha atividade no viveiro”, disse o Agente de Segurança Penitenciária (ASP) Aparecido Donizete Fernandes. Já o diretor de Centro de Trabalho e Educação Jean Paulo Silvan da Silva, coordenador do projeto, analisou que o curso além de contribuir para o currículo dos ASP’s envolvidos no projeto, foi de suma importância para o alcance dos objetivos do Programa Nascentes. O ASP Emerson Antônio Franco respondeu que o curso foi muito esclarecedor, as dúvidas foram sanadas e assim poderá contribuir para o desenvolvimento do projeto.
Ao final do curso o IBF conferiu aos participantes das unidades prisionais envolvidas no programa, o certificado de participação no “Curso de Produção de Muda Nativas”.
Fonte: SAP