Policial Penal é agredido por militares na capital paulista

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Policiais Militares abordaram um Policial Penal no último domingo (12) em Santana, na capital paulistana. O funcionário foi abordado com violência. O Policial Penal estava em uma moto acompanhado da sua esposa.

O policial penal se identificou como agente penitenciário, os militares disseram que ele teria ultrapassado dois sinais vermelhos e andado com sua moto na contramão. Os policiais constrangeram o agente quando ele apresentou sua carteira funcional, e verbalizaram, “Você não é nada”.

O agente penitenciário acabou sendo algemado, mesmo mostrando que aquela era uma abordagem desnecessária, já que ele não apresentava nenhum tipo de comportamento de risco.

Segundo informações o ASP levou uma gravata e foi jogado ao chão por pelo menos três dos quatro PMs que participaram da ação, machucando seu braço.

Esta ação dos policiais militares foi testemunhada por Agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs) que estavam no mesmo local da ocorrência em um posto de gasolina próximo à Penitenciária Feminina de Santana e confirmaram a versão do policial penal, além de prestarem apoio à esposa do servidor enquanto ele era levado ao vigésimo distrito policial (DP), onde foi registrado o boletim de ocorrência. Já na viatura o policial penal d foi xingado novamente pelos policiais militares.

Em vigor desde 31 de agosto de 2020 a Resolução interna da Secretaria de Segurança Pública (SSP), disciplina os procedimentos quando da abordagem de um policial por outro policial. Essa regra impede que policiais penais da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e policiais civis, por exemplo, quando identificados por meio de carteira funcional, sejam desarmados ou submetidos à busca pessoal por PMs em ação ostensiva.

Uma abordagem desse nível só caberia caso a pessoa não obedece às ordens de comando, principalmente se não entregasse o documento de identificação ou se apresentasse comportamento agressivo, situação que não ocorreu.

O presidente do Sindasp, Valdir Branquinho, ficou indignado com tal ato e colocou a estrutura jurídica do sindicato a disposição do Policial Penal agredido. “É uma ação covarde, ilegal, o Sindasp vai acionar a justiça para que esse tipo de situação não volte a acontecer”, ressalta o sindicalista.

“Vou levar esse caso pessoalmente ao Secretario da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo”, finaliza Branquinho.

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