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Em decisão unânime, as dez assembleias realizadas nesta quinta-feira (20) pelo Sindasp-SP, Sifuspesp e Sindcop votaram pela manutenção da greve geral no sistema penitenciário.
No total foram onze assembleias, já que a votação que ocorreu durante a manifestação na última terça-feira (18) em São Paulo, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, também foi considerada pela comissão de greve formada pelas três instituições. Até o momento nenhuma nova proposta foi apresentada pelo governo e a categoria continua em greve por tempo indeterminado.
Ao invés de negociar e apresentar uma proposta coerente com a pauta reivindicações dos agentes de segurança penitenciária (ASP), o governo do Estado de São Paulo assistiu durante a quinta-feira (20) a ação da Polícia Militar, através da tropa de choque, que usou a força para entrar em diversas unidades prisionais. A orientação é para não ocorra nenhum confronto, e caso a polícia tente entrar, os agentes penitenciários devem entregar todas as chaves para o diretor geral e saírem para fora da unidade.
Governo pede fim da greve: Na terça-feira (18), o governo tentou pressionar a categoria pedindo o fim da greve durante uma reunião que ocorreu na sede do governo paulista. Segundo o governo, se a greve chegasse ao fim, uma nova proposta seria apresentada, no entanto, os servidores rejeitaram o critério imposto pelo governador e a greve se manteve.
Apoio da Alesp: Os presidentes do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, do Sifuspesp, João Rinaldo Machado, e do Sindcop, Gilson Pimentel, estiveram na quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em busca de apoio dos deputados para cobrem do governo a apresentação de uma proposta que atenda as reivindicações da categoria. Os sindicalistas entregaram um documento aos parlamentares chamado de “Carta aberta ao Legislativo”, onde destacam a necessidade de um “salário justo, condições de trabalho dignas, valorização e respeito”.
Prisões de agentes: o presidente do Sindasp-SP lamenta a informação de que estão sendo expedidas ordens de prisão contra os agentes penitenciários que estão se negando a realizarem suas funções nas unidades. De acordo com chefe do Departamento Jurídico do Sindasp-SP, o advogado Jelimar Salvador, a ordem de prisão é ilegal. “Não pode haver ordem de prisão pelo fato de os agentes penitenciários se negarem executar o serviço. Isso não existe, se fosse assim, então deveriam ter prendido também os funcionários do judiciário quando fizeram greve e se negaram a realizar as atividades”, disse o advogado. “Os agentes penitenciários cometem uma infração administrativa e não criminal”, finalizou Salvador.
