Presidente do Sindasp-SP fala em entrevista ao jornal ON sobre projeto que prevê a montagem de unidades de atendimento dentro dos presídios…

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HR pode ter uma ala só para presos

Outra possibilidade é que governo do Estado de SP viabilize unidades de atendimento dentro dos próprios presídios

O DRS-XI (Departamento Regional de Saúde), órgão vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, preparou dois projetos para atendimento a sentenciados dos 36 presídios na região de Presidente Prudente.

Os planos são para a construção de um novo bloco nas dependências do HR (Hospital Regional), incluindo uma passarela e um pronto-socorro; ou viabilidade de unidades de atendimento dentro das próprias penitenciárias, evitando que presos sejam removidos para o hospital prudentino.

As propostas deverão ser discutidas em 2011, após a concretização da instalação de 44 AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) no interior paulista. A informação é da diretora técnica do DRS, Aldinéia Aparecida Martins, autora dos projetos. No primeiro caso, a proposta é para a construção de um novo prédio, dentro do terreno que compreende o HR, sendo interligado por este, através de uma passarela, a fim de evitar ?constrangimentos? a pacientes e presos. ‘As pessoas não precisariam ser atendidas na mesma ala em que os ?privados de liberdade? estariam.

Em contrapartida estes últimos, caso precisassem de algum serviço dentro do HR, circulariam pela passarela, sem passar ?constrangimentos?, por estarem algemados e conduzidos por agentes penitenciários ou policiais.

Estamos estudando ainda a possibilidade de se implantar um mini pronto-socorro para os privados de liberdade’, disse. No segundo projeto, Aldinéia sugere que os mais de 32 mil presos alocados nas 36 penitenciárias sejam atendidos no próprio ambiente.

‘O projeto prevê a montagem de unidades de atendimento equipada dentro dos presídios, a fim de evitar sua remoção ao HR. Entretanto, isso pode gerar uma situação difícil que é o deslocamento de equipes médicas especializadas para até estas alas nas unidades prisionais’, disse. Ambos os projetos estão prontos, segundo a médica. ‘Entretanto, a prioridade é para a implantação de 44 unidades do AME no Estado, que serão formados até o final deste ano. Portanto, os projetos para os ?privados de liberdade? deverão ser encaminhados em 2011’, explicou.

Para o presidente do [size=large]Sindasp-SP[/size] (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), Cícero Sarney dos Santos, o atendimento médico aos sentenciados é um problema. ‘Devemos deixar bem claro que o acesso à saúde é um direito do preso, assim como de toda a população. Reivindicamos um Hospital Regional para essa finalidade há muitos anos, pois temos transtornos para levá-los a assistência médica. Há toda uma mobilização de policias e agentes penitenciários. Precisam dar suporte no hospital, que não é preparado para receber o preso’, disse. Sarney aponta a falta de estrutura como um dos principais problemas. ‘Se o HR já disponibilizasse toda a estrutura necessária para os casos de complexidade, 50% dos problemas com segurança do preso seriam amenizados’, finalizou.

Fonte: Jornal Oeste Notícias (Presidente Prudente-SP)
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