Com gastos do governo paulista que ultrapassam R$ 200 milhões por ano, a alimentação dos presos na Grande São Paulo é alvo de investigação por suspeita de irregularidades que incluem pagamentos indevidos e quentinhas menores e de qualidade inferior ao previsto em contrato.
Em um dos casos, a fiscalização da Secretaria da Administração Penitenciária verificou em 2015 que, em vez da entrega de marmitex com 100 g de carne bovina, 150 g de frango ou 120 g de peixe, a empresa enviara só 63 g –e de carne suína, não prevista em contrato.
Nessa mesma unidade, em Itapecerica da Serra, a entrega de presentes natalinos pela fornecedora das refeições à cúpula do CDP (Centro de Detenção Provisória) foi fotografada no final do ano.
Resposta
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária diz que investiga todos os contratos, que fiscaliza alimentos e que pune empresas em caso de irregularidades.
Diz que “os preços das refeições podem sofrer alterações entre unidades prisionais”.
As empresas dizem que os valores obedecem a limites do Estado e que seguem padrões de qualidade.
Berni Neto nega que seu enriquecimento tenha ligação com sua atuação na secretaria. Souza não foi achado.
Fonte: Agora SP