Recém inaugurado, CPP de Jardinópolis registra cinco fugas em uma semana

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Mais um detento escapou do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jurucê, distrito de Jardinópolis. A fuga registrada neste sábado (26) é a quinta no local somente esta semana.

 

Segundo a PM (Polícia Militar), o detento, cuja identidade não foi revelada, pulou o alambrado por volta das 16h30 e correu em direção ao Iate Clube, às margens da rodovia Cândido Portinari (SP-334). Duas viaturas da PM e mais o helicóptero Águia realizaram as buscas por mais de duas horas, mas o preso não foi recapturado.

 

A primeira fuga desta semana ocorreu na noite do último domingo (20), quando dois homens pularam o alambrado e cruzaram um canavial localizado nos fundos da unidade. Na tarde da segunda-feira (21) mais dois detentos passaram pela cerca de proteção e fugiram pelo canavial.

 

Agentes penitenciários presenciaram todas as fugas e tentaram impedi-las, mas sem sucesso. Até agora, nenhum dos detentos foi reencontrado. O prédio, alvo de muitas polêmicas entre a prefeitura local, munícipes de Jardinópolis e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), foi inaugurado em 18 de setembro e passou a receber condenados em regime semiaberto desde o dia 27 do mesmo mês.

 

Na última terça-feira (22), o prefeito de Jardinópolis, José Jacomini (PPS), disse ao A Cidade que a SAP não informou o Executivo sobre as fugas.

 

“É como se Jardinópolis e Jurucê não existissem. Agora estamos conversando com o Ministério Público Estadual para ver o que é possível fazer”, disse, na oportunidade.

 

A Associação Comunitária de Jurucê chegou a enviar um documento com aproximadamente 15 mil assinaturas ao governo do Estado se manifestando contra a instalação do CPP.

 

Em meados de setembro, a prefeitura teve em seu favor uma liminar na Justiça para impedir a transferência de presos ao local. A decisão foi revertida dias depois no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Na ocasião das primeiras fugas, a SAP informou que os vigilantes do CPP não trabalham armados e a unidade conta apenas com alambrados, sem muros.

 

Segundo a administração, “a permanência do preso nesse regime se caracteriza mais pelo senso de autodisciplina e autorresponsabilidade do que propriamente por mecanismos de contenção contra evasão”.

 

O CPP tem capacidade para 1.048 presos e custou cerca de R$ 51 milhões ao Governo do Estado.

 

Fonte: A Cidade

 

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