A equipe da Coordenadoria de Saúde da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) recebeu, no auditório da sede II, nos dias 13, 14 e 15 de agosto, o grupo de trabalho do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) para a realização da Oficina Regional do Projeto “Prisões Livres de Tuberculose”.
A Tuberculose é um desafio global em termos de saúde pública, sobretudo no sistema prisional, onde a adversidade se agrava devido as condições ambientais favoráveis à propagação da doença e às dificuldades de acesso à saúde. Assim, as pessoas privadas de liberdade constituem grupo prioritário para o enfrentamento da doença.
Desta forma, foi desenvolvido o Projeto “Prisões Livres de Tuberculose”, um termo de cooperação técnica entre o DEPEN e a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, com a colaboração técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (CGPNCT) do Ministério da Saúde.
Dezessete unidades prisionais do estado foram selecionadas pelo DEPEN para participar do projeto, que tem como meta apoiar a reorganização dos fluxos de assistência à saúde para detectar e tratar a tuberculose precocemente na comunidade carcerária por meio da utilização de estratégias de comunicação e educação em saúde.
A oficina, que foi realizada em São Paulo, na sede II da SAP, reuniu a equipe da Coordenadoria de Saúde, os coordenadores dos programas de Tuberculose e HIV da Secretaria da Saúde do Estado, o Grupo de Trabalho do DEPEN, além de representantes do Ministério da Saúde e da Fiocruz.
Neste evento, os participantes articularam metas e definiram estratégias para enfrentar a tuberculose no sistema prisional. Além disso, os grupos realizaram estudos de casos hipotéticos para reconhecimento de fluxos e procedimentos relacionados a doença.
Foram também apresentadas estratégias de comunicação e educação, como o teatro-fórum, método que utiliza a representação de situações e a discussão em grupo para resolução de conflitos, e os materiais da campanha de comunicação, como os cadernos de saúde com informações gerais sobre tuberculose e que são úteis no dia a dia dos profissionais.
“Nesses três dias, nós conseguimos entender a realidade das unidades da SAP. Como o estado tem uma divisão regionalizada entre os setores de saúde e sistema prisional, é preciso que o projeto seja articulado a fim de otimizar os fluxos de atendimento”, destaca Letícia Maranhão, assessora técnica do DEPEN e coordenadora nacional do projeto.
Segundo a Coordenadora de Saúde da SAP, Solange Pongelupi, “os nossos profissionais de saúde já desenvolvem um excelente trabalho dentro das unidades prisionais, principalmente no que diz respeito ao Programa de Tuberculose. Esta oficina veio corroborar o desempenho desses profissionais, discutindo novas estratégias de vigilância e controle da doença dentro dos presídios”, reforça.
Fonte: SAP