A Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP) suspendeu 2.128 inscrições estaduais de empresas suspeitas de envolvimento em esquemas fraudulentos relacionados a golpes do Pix. A operação “Olho no Pix” revelou que essas empresas, criadas com nomes semelhantes aos de órgãos públicos e redes varejistas, aplicavam fraudes financeiras, incluindo golpes no pagamento do IPVA.
A ação contou com a colaboração da Diretoria de Fiscalização (Difis) e da Diretoria de Gestão, Atendimento e Conformidade (Diges), com o objetivo de proteger consumidores e combater fraudes que lesam a sociedade. Auditores fiscais da Assistência Fiscal de Monitoramento e Inteligência (AFMI) e da Delegacia Regional Tributária da Capital (DRTC-III) identificaram que os fraudadores utilizavam o Balcão Único para abrir empresas fictícias e desviar recursos via Pix e boletos para contas fraudulentas.
Entre as empresas suspensas, destacam-se nomes como “Receita Federal do Brasil”, “Unesco Doação Ltda.”, “Detran Estadual Ltda.” e “Magalu Financeiro Ltda.” Apenas uma das empresas bloqueadas solicitou restabelecimento de registro, estando sujeita a investigações mais detalhadas.
A Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), em parceria com a Sefaz-SP e a Receita Federal, publicou uma portaria com exemplos de nomes proibidos, além de adotar tecnologias de aprendizado de máquina para bloquear automaticamente a abertura de empresas suspeitas. Contadores responsáveis por registros fraudulentos também foram incluídos em uma lista restritiva.
A análise apontou ainda que muitos sócios dessas empresas recebiam auxílio emergencial, indicando o uso de “laranjas” sem condições financeiras. Todos os envolvidos estão sob investigação e podem responder por crimes civis e penais, de acordo com os dados fiscais obtidos.
SINDASP