Servidores da segurança pública ameaçam paralisação total a partir do dia 2

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Com discursos exaltados, mas em ordem e sem causar confusão a não ser no trânsito, que ficou ainda mais engarrafado ?, policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários tomaram as ruas centrais de Maceió, no final da tarde desta terça-feira (26).

A manifestação, que reuniu centenas de servidores civis e militares das quatro categorias, reivindica reajustes salariais maiores do que o fixado pelo governo do Estado, de 5,91% em duas parcelas.

Os manifestantes se concentraram na Praça Deodoro e dali partiram em passeata. Pararam em frente à Assembleia Legislativa, pedindo apoio dos deputados estaduais, e seguiram pela Rua do Sol até o Palácio República dos Palmares, onde houve a manifestação. No final, eles se deram as mãos e simbolizaram um ?abraço? no palácio.
Os policiais civis já se declararam em greve por tempo indeterminado ? embora a paralisação tenha sido declarada ilegal pela Justiça ? e, segundo seus líderes sindicais, estavam na manifestação ?para dar apoio?.

O major Fragoso, da Associação dos Oficiais da PM, informou que no próximo dia 2, uma assembleia dos policiais militares poderá tomar a decisão de aquartelamento ? a temida forma de greve usada pelos PMs, que consiste em se apresentar nas suas unidades e não sair para as ruas, deixando as cidades sem policiamento ostensivo. O capitão PM Marcelo Ronaldson, tambpém da Associação dos Oficiais, fez um discurso em tom de ameaça, advertindo: ?Governador, lembre-se que o 17 de julho começou assim?. Ele se referia ao histórico 17 de julho de 1997, quando PMs e policiais civis, encabeçando um grande protesto de servidores públicos que estavam havia dez meses sem receber salários, protagonizaram uma batalha campal na Praça D. Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa, que obrigou o então governador Divaldo Suruagy a se afastar do cargo.

O major Fragoso informou que o governo está disposto a discutir com os policiais militares alternativas para evitar a solução extrema.

Nas assembleias de rua e nas reuniões de lideranças das categorias, ficou estabelecido que se não houver proposta de reajuste maior por parte do governo até a zero hora do dia 28 (meia-noite de quarta para quinta-feira), os agentes penitenciários também entram em greve a partir do dia 2 de maio, segunda-feira próxima.

Os policiais militares, em seus discursos, disseram que aguardam nova proposta do governo até a meia-noite do dia 1º de maio. ?Se não, nós vamos fazer o que temos de fazer?, afirmaram seus líderes.

Nesta quarta-feira, policiais civis em greve marcaram para as 7h da manhã uma manifestação em frente ao Deic, na Ladeira dos Martírios, onde, segundo disseram, ?os policiais estão sendo pressionados a trabalhar?. Às 16 horas, na sede da CUT, as lideranças do movimento dos servidores se reúnem para discutir os próximos passos da mobilização.

No domingo, 1º de maio, os movimentos se concentram no Posto 7 e fazem caminhada na orla até o Alagoinhas para marcar o Dia do Trabalhador.

Fonte: Tudonahora
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