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Servidores do Estado protestam por melhores condições de trabalho

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Servidores da área de segurança pública do Estado protestaram nesta quarta-feira (9) contra o sucateamento das carreiras, o parcelamento dos salários do funcionalismo e as condições precárias de trabalho da categoria. Durante a tarde, cerca de 500 policiais civis, militares e agentes penitenciários fizeram uma manifestação na praça Sete para cobrar do governador Fernando Pimentel (PT) as promessas de campanha feitas em 2014.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), Denilson Martins, afirmou que o ato desta quarta foi o primeiro de vários que serão realizados neste ano. “Acabou a paciência da Polícia Civil com o governo do Estado. Nós estamos cheios de reuniões inconclusivas e de promessas que não se cumprem. Temos prazos e temos serviços que devem ser prestados à população. Portanto, não vamos aceitar o sucateamento da Polícia Civil”, disse.

Martins garantiu que todas as categorias que integram a área de segurança pública estão unidas e definindo estratégias para pressionar o governo do Estado. Uma delas, segundo o presidente do Sindpol, é a operação “Estado de Alerta”, que não foi detalhada “por questões estratégicas”. “O governo vai se surpreender quando nossas atuações entrarem em prática. Não vamos publicizar por questões estratégicas, mas vamos colocá-las em prática e o governo vai entender”, ameaçou.

Ainda nesta quarta, em assembleia convocada pela categoria, o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária (Sindasp) aprovou a “Operação Legalidade”, que terá início em 9 de setembro, quando os agentes deixarão de cumprir atividades que não estejam dentro do Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais (Renp). A entidade afirmou que, além da falta de munição e coletes de proteção, não há viaturas para fazer escolta de presos. Houve casos, segundo o Sindasp, de detentos serem escoltados por ambulâncias.

Também nesta quarta, pela manhã, o Sindicato dos Auxiliares, Assistentes e Analistas do Sistema Prisional e Socioeducativo de Minas (Sindasep) levou diversas caravanas do interior para protestar na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas. O grupo reivindicou valorização das carreiras técnicas e administrativas dos sistemas.

Ameaça de paralisação

Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) anunciou que na próxima segunda-feira (14) haverá uma reunião com lideranças de diversas entidades para traçar estratégias para uma grande mobilização dos servidores da segurança pública.

“Nós temos dois pontos a serem tratados nesta reunião, que vai desencadear em grandes mobilizações até 1º de outubro. Vamos cobrar do governador Fernando Pimentel o pagamento dos salários no quinto dia útil dos servidores da segurança pública e a revisão geral anual para, ao menos, cobrir a inflação que os servidores perderam desde 2015”, afirmou o deputado.

Sargento Rodrigues disse ainda que a data da mobilização da segurança pública será marcada na reunião do dia 14 e que há possibilidade de uma paralisação geral em Minas. “Vamos preparar essa grande mobilização para cobrar do governo aquilo que ele tem obrigação de cumprir. Se não formos para a rua, o governo vai continua calado, de braços cruzados”, concluiu o parlamentar.

Outro lado

Em reunião realizada na tarde desta quarta com as entidades sindicais representativas dos servidores do sistema prisional, o governo de Minas reiterou que continua mantendo o acordo firmado com as entidades sindicais no ano passado, mesmo limitado às vedações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo nota enviada pelo governo, apenas em 2017 o Estado já nomeou, no sistema, 7.104 agentes prisionais e socioeducativos. Até novembro deste ano, serão chamados 871 analistas e assistentes. Desse total, 200 já foram nomeados e novas nomeações serão publicadas no Diário Oficial do Estado até o final desta semana.

“O governo agendou a próxima reunião com os dirigentes sindicais para setembro e um segundo encontro para a primeira quinzena de outubro, após a publicação do relatório fiscal do segundo quadrimestre de 2017 pelo Estado com os dados da situação financeira do Estado. Dependendo desse balanço, o governo poderá elaborar uma proposta para a categoria dos servidores do sistema prisional. Além disso, um grupo de trabalho formado por representantes do governo de Minas e dos sindicatos está analisando a reestruturação das carreiras dos agentes prisionais e socioeducativos”, diz a nota.


Fonte: O Tempo

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