Sindasp cobra medidas da SAP para evitar gripe suína nas unidades

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Carlos Vítolo

Preocupado com o confinamento do sistema penitenciário, que é um fator de risco para a disseminação do vírus influenza A (H1N1) e, consequentemente, o surgimento de uma possível pandemia nas unidades prisionais, o Sindasp se apressou em cobrar ações da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).

O documento aponta que ?além de confinamento, o ambiente é extremamente insalubre, o que em tese, possibilita o contágio em massa da população carcerária, funcionários e possivelmente, visitantes e familiares?.

O Sindicato está preocupado com a saúde do servidor penitenciário, bem como, da população carcerária e da sociedade em geral. O ofício ressalta ainda que, as visitas que comparecem aos finais de semana nas unidades prisionais são oriundas de diversas regiões do Estado, ou de outros estados e até de outros países, o que, em tese, amplia as possibilidades do contágio em massa.

O ofício foi protocolado nesta quinta-feira (30) junto a SAP pelo diretor de Comunicação do Sindasp, Daniel Grandolfo.

Para o diretor de Política Sindical, José Maino Marques, ?a medida a ser adotada pela SAP não pode ser paliativa. A única forma de impedir que o vírus entre nas unidades é suspendendo as visitas?, diz o sindicalista.

Marques ressalta ainda que os próprios diretores devem explicar aos detentos a situação e uma possível suspensão das visitas (caso ocorra). ?Com certeza eles entenderiam?, afirma. De acordo com o diretor, a administração penitenciária deveria seguir as mesmas normas das secretarias de Saúde e de Educação do Estado. ?O Sindicato não se preocupa apenas com as questões salariais, mas sim, com o bem estar dos servidores. As visitas deveriam ser suspensas por ao menos 15 dias. E, o servidor, ao perceber que está gripado, nem deve ir trabalhar?.

Outra questão abordada por Marques é a saída temporária dos detentos no ?Dia dos Pais?. ?Vão sair mais de 10 mil detentos e isso, sem dúvida, poderá agravar a situação. Se a saída for inevitável, será necessário que cada diretor de unidade faça um trabalho de orientação através de palestras e cartilhas aos detentos?.

Medida nos estados: de acordo com uma reportagem publicada pelo site UOL Notícias, ?os governos do Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná afirmam que já adotaram medidas para evitar a expansão do vírus da gripe suína (H1N1) para dentro dos presídios?. A reportagem aponta que ?as ações previstas incluem isolar em celas separadas presos que apresentarem sintomas da doença, hospitalizar detentos doentes, aumentar a vigilância epidemiológica em dias de visita, barrar a entrada de visitantes gripados e distribuir panfletos e recomendações às famílias dos internos?.

Dados da matéria apontam que, no Paraná, foi confirmado a contaminação de um agente na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa. O servidor foi afastado das atividades. Segundo as secretarias de São Paulo e Rio Grande do Sul, ?não há casos de gripe suína nas prisões estaduais?. Também houve suspeita de contaminação de um detento no presídio regional de Passo Fundo (RS), mas segundo os exames, a possibilidade foi descartada.

Serviço: o Centro de Promoção e Proteção à Saúde do Servidor – Programa Prevenir Iamspe, em conjunto com o Serviço de Moléstias Infecciosas do HSPE, elaborou material informativo sobre os cuidados necessários entre a população para evitar o contágio pelo vírus influenza A(H1N1). Os informativos também estão disponíveis no site do Sindasp.

América Latina é região mais atingida: de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a América Latina é a região mais atingida pela gripe suína. Os dados da OMS ressaltam que região tem o maior número de contaminações e mortes. ?Cerca de dois terços das 816 mortes em decorrência da nova gripe confirmadas no mundo aconteceram na América Latina?.

As matérias podem ser reproduzidas desde que citada a fonte: SINDASP.
💡 Jornalista responsável: Carlos Vítolo
imprensa@sindasp.org.br

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