Inicio Geral Sindasp cobra segurança após resgate de presos em Pacaembu

Sindasp cobra segurança após resgate de presos em Pacaembu

0

Depois que dois presos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Pacaembu foram resgatados por indivíduos fortemente armados, na manhã de sábado, o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) anunciou que vai solicitar à Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP) mais segurança para seus associados. Na data, um agente foi rendido por dois homens que empunhavam pistolas, os quais cortaram uma parte do alambrado da unidade, para dar fuga a dois sentenciados não contemplados pela saída temporária de Natal. A suspeita é de que tanto os fugitivos quanto os facilitadores sejam membros da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Este foi o segundo ataque a mesmo complexo, em dois meses.

 

Informações da Delegacia Seccional de Adamantina apontam que uma certa movimentação foi percebida nas proximidades do alambrado por um agente que trabalha em uma das torres existentes no local, por volta das 11h de sábado. Ao se aproximar deste ponto, o servidor foi rendido pelos dois homens armados, os quais determinaram que a vítima deitasse no chão. Estes cortaram parte do cercado e os quatro envolvidos fugiram, de maneira não identificada.

 

O presidente do Sindasp, Daniel Grandolfo, conta que os atentes que trabalham no CPP não podem utilizar armas. Por conta disso, a entidade teme que os infratores se tornem cada vez mais audaciosos ao agir contra o sistema prisional. "Receio que a ousadia deles aumente como, por exemplo, que a qualquer hora eles decidam prender todos os agentes para deixar sair todos os presos da unidade. O que impede isso de acontecer?", questiona.

 

Frisa que o uso de armamento no local já foi discutido com o secretário da SAP, Lourival Gomes, mas este não aprovou a medida, que será novamente levada à pasta, assim como um pedido de instalação de câmeras de monitoramento na unidade, feito ontem ao Sindasp pelos agentes que trabalham no local. "Assim é difícil de trabalhar. No regime semiaberto, os presos podem sair para trabalhar e voltam só para dormir. Então, isso nos mostra que os bandidos querem exibir sua força, sua ousadia", considera.

 

Grandolfo também lembra que, em outubro, um outro resgate foi registrado na mesma unidade, que abriga atualmente mais de mil detentos, mas tem capacidade para 672. Diz que, na primeira ação, seis presos fugiram do CPP com ajuda de indivíduos em liberdade. Destes, três foram recapturados. O restante permanece foragido.

 

A Assessoria de Imprensa da SAP foi procurada na tarde de ontem, para falar sobre o resgate. Mas, por conta do ponto facultativo, não houve expediente na pasta.

 

Fonte: Jornal O Imparcial

Por Mellina Dominato

Em 24 de dezembro de 2013

Sem comentários

DEIXE UM COMENTÁRIO

Digite seu comentário!
Informe seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Sair da versão mobile