Sindasp é contra cargo de agente de escolta que será criado por Alckmin

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Carlos Vitolo
Assessor de imprensa do Sindasp-SP

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na terça-feira (17) que pretende criar o cargo agente de escolta no Estado. Segundo informações da assessoria de imprensa do governo, o cargo é semelhante ao cargo de agente de escolta e vigilância penitenciária (AEVP) e tem o objetivo de liberar os policiais militares da função e removê-los para outras atividades da segurança pública.

Os AEVPs foram criados na gestão anterior de Alckmin, de 2001 a 2006, e cerca de 4 mil policiais deixaram as muralhas para exercerem outras funções. ‘Tínhamos 4 mil policiais militares que faziam guarda de muralha e foram liberados. Hoje nós temos muitos policiais militares fazendo o transporte, a escolta de presos?, disse o governador.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), por meio do secretário Lourival Gomes, está elaborando um documento informando a quantidade de cargos a serem criados para que o governador defina e autorize a realização de um concurso público, mas ainda não há previsão. ?Vou criar os cargos e fazer concurso público para agente de escolta, para liberar mais milhares de policiais para o policiamento de rua’, destacou Alckmin.

Posição do Sindasp-SP: Para o diretor de Comunicação do Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), Daniel Grandolfo, ?isso é inadmissível?. De acordo com Grandolfo, ?não tem motivos para se criar mais uma categoria?. O sindicalista aponta que já existem os AEVPs ?e basta dar treinamento e equipamento para eles efetuarem as escoltas?, argumentou.

Conforme o diretor, ?o Sindasp-SP é contra a criação da categoria do agente de escolta. Os AEVPs estão preparados, o que falta é treinamento e investimento em equipamentos de trabalho. O que o governador irá gastar com a criação do agente de escolta, ele poderia usar equipando e treinando os AEVPs?, disse Grandolfo.

Segundo o dirigente, há muito tempo o Sindasp-SP vem solicitando que o governo regulamente a escolta para ASPs e AEVPs mas, no entanto, o governo não tem dado muita atenção. ?Se o governo ouvisse o Sindasp-SP, cometeria menos erros?, finalizou o sindicalista.

Nota de repúdio: Grandolfo ressalta que o Sindasp-SP encaminhará um ofício à SAP e ao governador deixando claro que a instituição é contra a criação de mais uma categoria pelos motivos acima já relatados.

Direitos reservados. É permitida a reprodução da reportagem em meios impressos e eletrônicos, somente com a citação do crédito do jornalista e da Instituição Sindasp-SP (sob pena da Lei 9.610/1998, direitos autorais).

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