AUTOMATIZAÇÃO A TODO VAPOR
Sindasp visita oficina de produção em Bernardes e raio inteiramente automatizado em Dracena
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Continuam a todo vapor os trabalhos de automatização das celas das unidades prisionais do Estado. A automatização foi uma conquista do Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) para a categoria e foi aprovada pelo secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, durante visita à sede estadual do sindicato em 7/12/2012.
Desde então, o secretário nomeou o coordenador da Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado), Roberto Medina, para dirigir o processo de automatização das unidades, que teve início na Penitenciária de Dracena, onde o projeto apoiado pelo Sindasp-SP foi testado e aprovado.
Com o objetivo de acompanhar os trabalhos e informar a categoria sobre o processo real da automatização e seu funcionamento, os diretores Gilmar Pereira de Oliveira (Sócio-cultural) e Gláucio Reinaldo (Primeiro Secretário), acompanhados pelo jornalista Carlos Vítolo (Assessor de Imprensa), estiveram na Penitenciária I de Presidente Bernardes, onde funciona a oficina de produção das peças para a automatização e na Penitenciária de Dracena, onde um raio inteiro já está automatizado.
Os trabalhos da oficina de produção das peças são dirigidos pelo Diretor de Núcleo de Trabalho e Educação, Marco Antonio de Santana (Marquinhos), que é diarista na Penitenciária I de Bernardes, filiado ao Sindasp-SP, e que desenvolveu o mecanismo apoiado pelo sindicato e aprovado pelo secretário Lourival Gomes.
Junto com Marquinhos, atua um grupo de doze servidores: Izaías, Zaia, Mercúrio, Elder, Antonio, Oscar, Cláudio, Luis, Élcio, Mioto, Edeniltom, Reinaldo e Val. Eles se dispuseram a participar do projeto e foram direcionados para trabalharem na oficina. O grupo está dividido em duas turmas que atuam em sistema de plantão e diarista.
A reportagem do Sindasp-SP constatou que a equipe de produção é muito dedicada e realmente “vestiu a camisa” da automatização. Inclusive, vale destacar, que o próprio Marquinhos, que está de férias, estava na oficina trabalhando e atendeu a reportagem do Sindasp-SP, que chegou de surpresa, sem avisar.
De acordo com Marquinhos, as peças são confeccionadas na PI de Bernardes e em seguida são levadas para Dracena onde é feito a montagem e instalação. O material elétrico é comprado diretamente pela própria Penitenciária de Dracena, e a instalação é feita pelos servidores Claudio e Luis, que são membros da equipe e trabalham da unidade de Dracena. Já a instalação mecânica está a cargo dos servidores Élcio e Edenilton, da unidade de Valparaiso.
Marquinhos aponta que os “braços são as peças mais difíceis de serem confeccionadas”. Disse ainda que outra parte do material usado na instalação foi terceirizada para uma metalúrgica, pois não é possível produzir na oficina.
Após a visita na oficina de produção, Marquinhos seguiu com a equipe do Sindasp-SP até a Penitenciária de Dracena com o objetivo de fazer uma demonstração do sistema criado por ele e que está em pleno funcionamento em um raio da unidade.
A reportagem do Sindasp-SP constatou que o sistema funciona com perfeição. No painel, é possível acionar a abertura de todas as celas de uma só vez ou abrir especificamente uma ou mais celas por vez. Marquinhos explicou que a porta da cela tem uma abertura 85cm, o que é suficiente para atender qualquer tipo de ocorrência, como por exemplo uma maca, cadeira de rodas, escudo e outros objetos que forem necessários. A medida da abertura foi definida em reunião com a coordenadoria e a direção da unidade.
A pedido do secretário Lourival Gomes, Marquinhos ajustou o tempo de abertura e fechamento das portas. Durante a visita do secretário na unidade, em 7/12/2012, ele comentou que o movimento estava um pouco lento e que poderia ser mais rápido. Marquinhos também comentou que aperfeiçoou o mecanismo de funcionamento do sistema, tornando-o mais eficiente, moderno e seguro.
Em conversa com diversos funcionários, a reportagem do Sindasp-SP apurou que o contentamento em relação ao funcionamento do sistema automatizado é geral. Para o zelador do raio automatizado, Valdemiro Bonfin dos Santos, “melhorou muito pelo fato de não mais ter contato físico com os sentenciados”, disse. Questionado sobre a questão segurança, ele disse: “É muito mais seguro, é bom tanto para a segurança quanto para a disciplina”, relatou. Valdemiro disse ainda que a automatização foi um grande passo para o sistema penitenciário. “Apoio o projeto, é bom para a categoria, espero que dê certo em todas as unidades prisionais”, finalizou.
Vários servidores relataram que a automatização é realmente importante e parabenizaram o Sindasp-SP pela conquista. Um servidor da unidade disse que um detento comentou que eles perceberam que a automatização também é boa para eles.
Luta pela automatização: a aprovação da automatização das unidades prisionais pelo secretário Lourival Gomes foi a resposta à luta do Sindasp-SP, que teve como objetivo garantir a segurança tanto do sistema quanto do exercício diário das funções dos agentes de segurança penitenciária (ASP). O pedido foi feito pelo presidente Daniel Grandolfo, em 11/01/2012, durante uma audiência com o Gomes na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Os diretores do Sindasp-SP, Gilmar Pereira de Oliveira (Sócio-cultural) e Gláucio Reinaldo (Primeiro Secretário)
Servidor Valdemiro Bonfin dos Santos, da Penitenciária de Dracena, sendo entrevistado pelo jornalista Carlos Vítolo
Diretor de Núcleo de Trabalho e Educação, Marco Antonio de Santana (Marquinhos), criador do mecanismo apoiado pelo Sindasp-SP